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Custando até R$ 350, Procon-PI fiscaliza venda de testes covid em Teresina

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Além da falta de estoque, o aumento da procura por testes de covid-19 em farmácias e laboratórios provocou a elevação no valor do produto. Por conta dessa situação e do grande número de denúncias, o Procon-PI tem realizado, desde ontem (26), a fiscalização dos estabelecimentos que comercializam o item, que em alguns casos pode custar até R$ 350.   

De acordo com Arimatéia Arêa Leão, chefe de fiscalização do órgão, durante as vistorias foram encontrados, em alguns locais, testes IgG e IgM, que custava em torno de R$ 26, sendo comercializado por R$ 200, elevação de preço que se caracteriza como prática abusiva de exercer vantagem sobre o consumidor.

“Alguns laboratórios onde ainda existem esses testes tivemos a surpresa de encontrar exames entre R$ 180 e R$ 350. Esses estabelecimentos foram autuados, passíveis de multa, e tem um prazo de 15 dias para fazer a defesa do porquê da elevação desses preços”, afirmou Arêa Leão em entrevista ao Jornal do Piauí.

Apesar de não ter encontrado mais testes disponíveis em farmácias, o Procon-PI verificou, ao solicitar as notas fiscais emitidas quando da venda do produto, que o percentual repassado ao cliente ultrapassava os padrões considerados aceitáveis em algumas situações. “Até 40% achamos normal, mas chegar a 300% é exercer vantagem sobre o consumidor, aproveitando a oportunidade em um momento de crise, pois sabemos que hoje a falta de testes é geral”, pontuou o chefe de fiscalização.

Fonte: Arquivo/Cidadeverde.com

Alguns estabelecimentos justificaram que o preço praticado leva em conta algumas variáveis, como os insumos necessários para realização da testagem e profissionais aptos ao procedimento. Se constatadas irregularidades, os estabelecimentos podem ser multados em até R$ 10 milhões, a depender do seu porte econômico.

Ao Jornal do Piauí, o Sindicato de Farmácias de Teresina negou o sobrepreço dos testes e garantiu que o valor máximo cobrado é de R$ 100. Já o Sindicato de Farmacêuticos de Teresina informou que ainda não há previsão de quando esses estabelecimentos serão reabastecidos com um novo lote do produto.

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Breno Moreno
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