Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Atualizada às 13h00
Comoção, tristeza e revolta marcaram o sepultamento da professora Wana Sara Cavalcante Henrique, 39 anos, na manhã desta segunda-feira (07), no cemitério São José, Centro da capital. No local, amigos e familiares estavam bastante emocionados.
A cunhada de Wana Sara, Dandara Veloso de Sousa, contou que ela tinha muitos sonhos, doava seu tempo com ações sociais e transfomava vidas.
Dandara Veloso disse ainda que a tragédia poderia ter sido evitada e externou a revolta da família. “A gente queria externar a nossa revolta porque ela não foi a primeira pessoa, então a gente não pode falar que foi um acidente, acidente é quando a gente não espera, mas isso foi uma tragédia anunciada", desabafou.
Wana Sara também foi homenageada na manhã desta segunda-feira (07) durante uma assembleia do Sindicato dos Servidores Municipais, realizada no Teatro de Arena, na praça da Bandeira. Os profissionais fizeram um minuto de silêncio e orações.
Os servidores da rede municipal de Educação também soltaram balões brancos, como forma de homenagear a professora. (Veja mais fotos da homenagem no final da matéria)
Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Wana Sara era pedagoga e trabalhava há cinco anos como superintendente escolar da Secretaria Municipal de Educação. Nas escolas onde ela trabalhava, os colegas de trabalho ressaltava a simpatia e amizade da professora com todos os alunos e funcionários.
A coordenadora pedagógica Maria Helena contou ao Cidadeverde.com que ainda havia esperança de encontrar Wana Sara viva e desabafou sobre o problema da galeria de água no local, onde o carro da professora caiu.
“Quando a gente soube da descoberta do carro dela bem maltratado, a gente ainda alimentava a esperança que ela pudesse está inconsciente e infelizmente a gente soube da morte. Segundo algumas falas, ela estava em um momento de vida muito alegre e subitamente foi levada em um situação que não é a primeira vez e a prefeitura nada fez. Será que em toda chuva vai precisar que em determinado ponto de alagamento morra alguém, para que seja feito alguma coisa?” questionou a coordenadora.
O caso
Wana Sara teve seu carro arrastado pela correnteza durante uma forte chuva na noite da última sexta-feira. O veículo acabou sendo levado pela água até uma cratera no trecho das obras da galeria da zona Leste, nas proximidades da Avenida Homero Castelo Branco.
O corpo da professora foi encontrado na manhã deste domingo (06), nas proximidades do rio Poti, na região do Parque Floresta Fóssil, cerca de dois quilômetros distante do local do desaparecimento.
O caso gerou bastante comoção nas redes sociais durante o final de semana. Amigos e colegas de trabalho prestaram homenagens e lamentaram a morte precoce da professora, que era lotada na Secretaria Municipal de Educação de Teresina.
Também através das redes sociais, a prefeitura de Teresina emitiu nota de pesar em que afirma que Wana Sara era uma profissional dedicada e que contribuiu durante muitos anos com a educação do município.
Foto: Arquivo Pessoal
Investigação
A Polícia Civil do Piauí deu início à investigação que apura a morte da professora. O delegado Paulo Gregório, titular do 5º Distrito Policial, adiantou ao Cidadeverde.com que foi solicitado exame necroscópico no cadáver.
Policiais civis e peritos acompanharam o resgate e, entre os questionamentos a serem apurados, está a responsabilidade pela possível omissão.
Flash Rebeca Lima
[email protected]