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Vacina 100% nacional vai ampliar a imunização no País, diz presidente da SBIm

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A produção de uma vacina nacional contra a Covid-19 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é vista com entusiasmo pelo médico pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta quarta-feira (23), o especialista afirmou que a medida deve reforçar a campanha de imunização no país.

“Temos uma ótima campanha, com algumas dificuldade em especial nas crianças, que precisamos melhorar logo essa cobertura, mas sabemos que o país tendo vacina e capacidade de produzir, você tem um facilitador em termos de campanha de mais sucesso como já é nossa história nesses mais de 50 anos de PNI”, pontuou o especialista.

A produção de uma vacina nacional foi possibilitada por uma parceria entre os governos brasileiro e britânico para a transferência de tecnologia entre a farmacêutica AstraZeneca e a Fiocruz em uma transação de R$ 1,9 bilhão. A assinatura do contrato, assinado ainda em junho de 2021, capacitou o Brasil a produzir o IFA usado na fabricação do imunizante. 

“É uma notícia muito bem vinda, porque já é uma tradição nossa em termos de Programa Nacional de Imunizações [...] Essa possibilidade de produção própria de uma vacina tão importante como é a da Covid, nos permite incorporar tecnologia para nossa ciência e pesquisa, inclusive com possibilidade de uso em outras situações de saúde. Só temos que comemorar”, disse o especialista.

Após várias etapas, o ingrediente conseguiu o segundo registro em novembro do ano passado e aprovação no começo de 2022. Com a produção, o Brasil não apenas consegue sua autosuficiência em relação ao imunizante, mas também reduz os custos com a importação e passa a exportar a vacina para outros países. 

A vacina nacional contra a Covid-19 têm a mesma composição e tecnologia da AstraZeneca que já é utilizada na atual campanha de vacinação, ou seja, apenas para o público a partir dos 18 anos. Apesar de ainda não ser licenciada para aplicação em crianças, o presidente do SBIm enfatiza que a maior oferta de vacinas é fundamental neste momento.

“Acho muito importante estarmos nesse jogo [...] isso reforça nossa capacidade de investir na ciência e na pesquisa, e é claro que a partir do momento em que se consiga ter produtos mais acessíveis, isso facilita o acesso não só para nós mas também para outros países do mundo”, afirmou o médico.

Fiocruz entrega primeiro lote 

A Fiocruz já entregou o primeiro lote de vacinas da Covid-19 com fabricação 100% nacional. São cerca de 550 mil doses disponibilizadas já compõem as entregas da Fiocruz contratadas pelo Ministério da Saúde para 2022. Ao todo, o ministério contratou 105 milhões de doses da vacina da instituição para este ano, sendo 45 milhões de doses da vacina nacional.

 

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Foto: Myke Sena/MS

Breno Moreno (Com informações do Jornal do Piauí)
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