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Cresce em 77% o número de pessoas em setores de alimentação e alojamento, revela IBGE

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta quinta-feira (24), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que em um ano, o Piauí teve aumento de 77,4% na quantidade de trabalhadores atuando em atividades de alojamento, como hotéis e pousadas, e alimentação, como em bares, restaurantes, tanto informalmente como com carteira de trabalho. 

O crescimento é observado ao comparar os números do 4º trimestre de 2020 e do 4º trimestre de 2021. O percentual de aumento representa o ingresso de 36 mil trabalhadores no setor. Com isso, houve um salto de 47 mil para 83 mil trabalhadores ocupados em atividades de “alojamento e alimentação” no Piauí.

No Piauí, foi verificado ainda aumento de pessoal ocupado no grupamento “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”. Entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2021, o crescimento foi de 20,3%, com entrada de 46 mil trabalhadores no setor. Assim, o total de pessoas ocupadas no setor subiu de 227 mil para 273 mil no período.

Crescimento do trabalho informal no final de 2021

A pesquisa PNAD Contínua apontou ainda que no final de 2021, o Piauí teve um aumento de 12,6% na quantidade de trabalhadores no setor privado sem carteira de trabalho.

Segundo os dados, isso significa que 27 mil pessoas conseguiram um emprego no final do ano, porém de modo informal.

Nesse cenário, a desocupação permaneceu estável no Piauí, no 4º trimestre de 2021, com o mesmo índice registrado no 3º trimestre: 11,9%. É a menor proporção do estado desde o início da pandemia, quando a taxa de desocupação atingiu os maiores valores da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. No Piauí, havia cerca de 173 mil pessoas desocupadas no último trimestre do ano passado.

Ainda assim, o índice do Piauí está acima da média do país. O Brasil teve taxa de desocupação de 11,1% no 4º trimestre de 2021, queda de 1,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o indicador foi de 12,6%.

Por outro lado, o Piauí teve o segundo menor indicador do Nordeste, à frente apenas do Ceará (11,1%). Na região, a média ficou em 14,7%. O Amapá registrou a maior taxa de desocupação do país no último trimestre de 2021, com proporção de 17,5%. Já Santa Catarina teve a menor: 4,3%.

Recuperação da força de trabalho

A pesquisa aborda também que o Piauí ganhou destaque na recuperação da força de trabalho, que é o quantitativo de pessoas que buscam uma ocupação no mercado de trabalho.

Assim, no quarto trimestre de 2020, havia cerca de 1,3 milhão de pessoas na força de trabalho do estado, que se elevou a cerca de 1,4 milhão de pessoas, um crescimento da ordem de 6,8% no período, representando a incorporação de cerca de 93 mil pessoas à força de trabalho do estado.

Aumento de desalentados no Piauí

Os dados também revelaram que no Piauí, mais 41 mil pessoas passaram a fazer parte do grupo de desalentados entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2021. São consideradas desalentadas aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego porque acham que não vão conseguir.

Com o aumento, da ordem de 21,9%, chegou a 226 mil o número de trabalhadores em situação de desalento no Piauí.

O crescimento vai na contramão do que ocorreu no país, onde o indicador teve queda. Entre o último trimestre de 2020 e o último trimestre de 2021, reduziu em 16,6% a quantidade de pessoas em desalento no Brasil. Isso representa que 950 mil pessoas saíram dessa condição.

 

Rebeca Lima (Com informações do IBGE)
[email protected]

 

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