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Biden chama Putin de agressor e anuncia novas sanções contra a Rússia

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Foto: Pedro Ladeira/ Folhapress

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia nesta quinta (24), em resposta à invasão da Ucrânia. Haverá restrições envolvendo transações do governo russo em moedas estrangeiras e bloqueios aos ativos dos quatro grandes bancos russos, incluindo o VTB.

Com a medida, estes bancos não poderão mais fazer negócios com empresas dos EUA e terão seu patrimônio nos EUA congelado.

Biden anunciou as medidas em um discurso na Casa Branca. "Vamos limitar a capacidade da Russia de fazer negócios envolvendo dolares, euros, libras e ienes", disse, sem dar detalhes ainda, citando as moedas dos EUA, União Europeia, Reino Unido e Japão.

Ao anunciar as medidas, o líder americano fez ataques ao presidente russo. "[Vladimir] Putin é o agressor. Putin escolheu essa guerra e agora ele e seu país suportarão as consequências", alertou, em tom enérgico.

O governo dos EUA passou semanas alertando que a Rússia pretendia invadir o país vizinho. A pressão dos EUA para que isso não ocorresse, no entanto, não funcionou, e Putin enviou tropas ao país vizinho nesta quinta (24).

Biden disse em várias ocasiões que não enviará soldados americanas para defender a Ucrânia, mas deu apoio público ao país, como prometer que ajudaria os ucranianos a não perderem nenhuma parte de seu território.

Na noite de quarta (23), Biden conversou com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski por telefone. Pouco depois o início da invasão, a Casa Branca divulgou um comunicado do presidente, no qual ele considerou o ataque como premeditado e injustificado. "A Rússia sozinha será a responsável por perdas catastróficas de vidas perdidas e sofrimento humano", afirmou.

Na manhã de quinta, Biden se reuniu com o Conselho de Segurança Nacional para discutir a situação na Ucrânia, e depois participou de um encontro virtual com os líderes dos países do G7, que inclui, além dos EUA, a Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia.

Biden tem o desafio de calibrar as sanções para atingir a Rússia sem gerar efeitos que se voltem contra a economia dos próprios Estados Unidos. As vendas de petróleo e gás são o principal produto de exportação da Rússia. Aplicar restrições ao comércio desses combustíveis geraria uma alta no preço deles no mundo todo, que pode chegar aos consumidores dos EUA.

Biden tem a alta na inflação como um de seus principais problemas, e ter a gasolina mais cara nos postos americanos pioraria a questão. Nesta quinta, o petróleo já teve alta por conta da inflação, e o preço do barril de petróleo superou US$ 105, valor que não era visto desde 2014.

Na terça (22), Biden já havia anunciado uma rodada de sanções contra dois bancos russos ligados ao financiamento de atividades militares e barreiras para a negociação de títulos da dívida da Rússia, o que dificultaria ao país levantar dinheiro no exterior.

No entanto, a Rússia tem cerca de US$ 600 bilhões em dólares, e não precisa levantar dinheiro no mercado externo para financiar seus pequenos déficits. Nos últimos anos, sua dívida externa diminuiu, como consequência da dificuldade de realizar operações no exterior, trazida por sanções anteriores.

Fonte: Folhapress

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