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Com greve de ônibus, teresinense chega a pagar mais de R$ 20 para ir trabalhar

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Com a greve no transporte público de Teresina, a população segue enfrentando dificuldades para conseguir se deslocar até suas residências, trabalho ou compromissos. Em entrevista ao Cidadeverde.com, a Técnica de Enfermagem, Conceição Alves contou que chega a pagar mais de R$ 20 por dia para ir ao seu serviço. 

“Está sendo muito difícil sem ônibus, a gente pega o 'ligeirinho', que é R$ 8  para o meu bairro, a gente ganha o passe, mas como não tem ônibus, não está sendo usado. Como nem sempre aparece o 'ligeirinho', às vezes tem que pegar o aplicativo e o preço fica entre R$ 16 a R$ 20. A gente está trabalhando praticamente para pagar o alternativo”, desabafa. 

A Superintendência de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans) informou que fez o cadastro de cerca de 250 veículos alternativos. Porém, a população relata que devido a demora desse transporte ou por não terem opções para seu bairro, precisam pedir carros por aplicativo ou utilizarem os ‘ligeirinhos’. 

Os estudantes também vêm enfrentando dificuldades com a paralisação do transporte público na capital. Sem o sistema de bilhetagem nos ônibus cadastrados pela Strans, que garante o benefício da meia-passagem, os estudantes acabam pagando R$ 4, o valor inteiro da tarifa.

“Tá sendo muito puxado para mim porque como eu pago meia, eu estou pagando o valor de R$ 4 em cada passagem, faço estágio no bairro São João e então está pesando no meu bolso porque está saindo a R$ 16 por dia pra mim”, conta a estudante Geysa Fernanda.

Além dos estudantes, os idosos, outro grupo que também tem a garantia do passe livre, acabam ficando sem o benefício e precisam pagar no mínimo R$ 4 no transporte alternativo.

A aposentada Helena Alves disse que também está utilizando o ‘ligeirinho’ e o valor pago ainda é R$ 1 mais caro que o preço cobrado nos veículos cadastrados pela Strans.

“Eu tenho o benefício, mas estou pegando o ‘ligeirinho’ e eu pago R$ 5 na passagem. Está sendo muito ruim”, ressalta.  

Sobre os veículos que fazem o transporte dos passageiros e não estão cadastrados na Strans, o órgão disponibilizou o telefone 3122-7609 para denúncias. 

Negociação

A greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina entra hoje (24) no 4º dia. A categoria segue mobilizada para cobrar a assinatura da convenção coletiva de trabalho e o retorno de benefícios, como o ticket alimentação

Ontem, uma rodada de negociação entre trabalhadores e empresários foi intermediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Sem avanços no diálogo, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) decidiu continuar com o movimento grevista. 

O TRT chegou a propor a realização de um pacto emergencial para que a greve seja paralisada e aguarda um novo posicionamento por parte de patrões e empregados. 

 

 

Rebeca Lima
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