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Dólar chega a R$ 4,74 e caminha para maior queda trimestral desde 2009

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Foto: Arquivo/Cidadeverde

A queda da taxa de câmbio voltava a refletir nesta quinta-feira (31) o apetite do mercado pelo Brasil. Às 15h03, o dólar caía 0,91%, a R$ 4,7410. Após fechar em alta na véspera, a moeda americana rondava as cotações do início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, e caminhava para fechar com uma queda trimestral de aproximadamente 15%, a maior desde junho de 2009.

Assim como ocorreu na véspera, o dólar perde valor nesta quinta contra quase todas as moedas de países emergentes. A alta frente ao real nesta quarta (30) foi exceção.

A fraqueza da divisa americana demonstra o interesse de investidores internacionais em faturar com os juros altos que economias em desenvolvimento estão pagando enquanto os títulos do Tesouro de nações economicamente desenvolvidas, principalmente os dos Estados Unidos, oferecem retorno negativo em relação à inflação.

O real garantia nesta sessão o quarto melhor retorno de juros, atrás apenas do peso argentino, do rublo russo e da lira turca, nessa ordem. Atualmente a taxa básica de juros brasileira (Selic) é de 11,75% ao ano, com expectativa de chegar a 12,75%, frente a uma inflação na casa dos 7%. Ou seja, os juros reais estão perto de 6% ao ano.

O apetite de investidores estrangeiros pelos juros pagos pela renda fixa de países emergentes nesta sessão pode ter respaldo também no plano americano para frear a inflação global com um despejo de petróleo no mercado. Como subir juros é a resposta mais elementar dos bancos centrais à alta de preços, um ataque à principal causa da inflação reduz expectativas sobre aumentos acima do esperado das taxas de crédito.

Fonte: Folhapress

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