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Iniciativa privada articula instalação de porto seco no Piauí

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Fotos: Divulgação/Ciepi

Um grupo de dez empresários se reuniu na última quarta-feira (27), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), em Teresina, para discutir a criação de um porto seco no estado com investimento da iniciativa privada. No momento, o projeto está em fase de estudo de viabilidade, mas conta com o apoio do setor.

Na ocasião, os investidores interessados em executar o empreendimento apresentaram a proposta aos empresários instalados no estado, que reiteraram o interesse. Agora, serão coletadas as demandas e analisadas a viabilidade de implantação do porto seco, bem como qual seria a estrutura necessária para, só então, se tirar a ideia do papel.

“Foi mais uma apresentação do projeto e manifestamos interesse. Os investidores estão fazendo a colheita de dados para analisar a viabilidade do investimento. Cada empresário vai apresentar suas necessidades e daí começaremos o projeto”, afirmou o Frederico Musso, presidente  Centro das Indústrias do Estado do Piauí (Ciepi), ao Cidadeverde.com.

Apesar de, a priori, ser uma ação que parte da iniciativa privada, os empresários envolvidos esperam incentivo do estado para conseguir viabilizar ao menos a etapa inicial da proposta. “Vamos precisar de parceria com o poder público, porque tem a questão de licenciamentos e alvarás, do posto da alfândega e da Receita, por exemplo”, mencionou Musso.

Demanda antiga

Em 2019, durante visita do então governador Wellington Dias (PT) à Fiepi, empresários solicitaram ajuda para instalação de um porto seco em Teresina. Naquela época, a única estrutura aduaneira do estado funcionava no aeroporto Petrônio Portela, na capital piauiense. 

Posteriormente o governo se reuniu com a direção executiva do grupo Ponta Negra Logística, para discutir alternativas para instalação de um porto seco no Piauí semelhante ao modelo de agência aduaneira praticado em estados como Santa Catarina.

Expansão

A instalação de um porto seco no Piauí, se concretizado, seria o terceiro na região Nordeste o que, para o presidente do Ciepi, ajudaria a impulsionar a economia do estado, tanto na facilitação de importação de matérias primas para seus negócios, como na exportação da sua produção para outros mercados, sobretudo o internacional. 

“Isso aproximaria mais os empresários do Piauí ao mercado externo, como para importação de matéria prima e exportação de produtos acabados. Entendo que isso também melhoraria muito a questão da eficiência do desembaraço aduaneiro, que diminuiria custos que influenciam e pesam na conta final”, avaliou o empresário.

“O Piauí tem deficiências estruturais que precisam ser sanadas com o tempo. O fato de não ter porto é um problema logístico para todo o estado. Se pelo menos conseguirmos implantar um porto seco, já conseguimos diminuir um pouco o impacto dessa falência estrutural”, completou Musso.

Breno Moreno
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