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Ufpi sofre corte de R$ 15 milhões e poderá comprometer despesas

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Foto: Arquivo/Cidadverde.com

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou, nesta terça-feira (31), que o bloqueio orçamentário de 14,5% anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) causará um impacto de R$ R$ 15.523.717,00 ao orçamento da instituição, que retoma as aulas presenciais em 80% das turmas no próximo dia 20 de junho

Em nota, a UFPI pontuou que o montante seria destinado ao custeio, com uso discricionário, para pagamento de gastos com água, energia elétrica, e de alguns serviços como bolsas de assistência estudantil, funcionamento dos restaurantes, manutenção predial e de equipamentos, passagens e diárias, entre outros itens

Esperando que o novo bloqueio seja “temporário”, como ocorreu em outras oportunidades, a administração da instituição de ensino disse que está tomando medidas para garantir a continuidade das atividades essenciais, mas admite que caso a situação permaneça até setembro, “enfrentará dificuldades para honrar compromissos contratuais”. 

Confira a nota na íntegra:

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) esclarece que o valor relativo ao bloqueio orçamentário de 14,5%, anunciado pelo governo federal, das verbas para universidades federais corresponde ao montante de R$ 15.523.717,00 no orçamento dessa Instituição. O valor se destina a despesas de custeio, com uso discricionário, para pagamento de gastos com água, energia elétrica, bolsas de assistência estudantil, funcionamento dos restaurantes, manutenção predial e de equipamentos, passagens e diárias, entre outros itens.

A Instituição espera que o referido bloqueio seja temporário, ou seja, caracterize-se como uma suspensão do desembolso financeiro, que poderá ser revertida como em anos anteriores.

A Administração Superior também está adotando estratégias para garantir as atividades essenciais até a liberação do valor bloqueado, mas preocupa-se com a magnitude da quantia em questão e, caso permaneça o citado bloqueio até o mês de setembro, enfrentará dificuldades para honrar compromissos contratuais.

A UFPI, em conjunto com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e parlamentares da bancada federal, está atuando para que a referida situação seja normalizada o quanto antes em prol da segura continuidade das ações pertinentes à Universidade.

Reafirma, ainda, seu empenho em continuar trabalhando para a manutenção da qualidade dos serviços e atividades prestadas no âmbito da Instituição.

Recentemente o reitor da UFPI, professor Gildásio Guedes, relatou em entrevista ao Cidadeverde.com a sua preocupação com a situação financeira da Universidade, dado os constantes cortes orçamentários. Na ocasião, o gestor já mencionava a possibilidade dos recursos não serem o suficiente para custear despesas básicas.

“Nossa maior despesa é com energia, telefone e material de consumo, algo em torno de R$ 120 milhões, mas estamos com R$ 100 milhões. Como pretendemos voltar ao presencial, o correto era estarmos dentro do patamar de 2019, que foi o último ano presencial, senão vamos ter dificuldade para fechar o ano de 2022 por conta das despesas”, disse na ocasião.

IFPI

O bloqueio orçamentário anunciado pelo MEC também afetou o Instituto Federal do Piauí (IFPI), que sofreu uma perda de aproximadamente R$ 10 milhões, o que garantia o funcionamento da instituição, que atende um total de 32 mil alunos de graduação e pós-graduação em 20 campi, somente até o próximo mês de setembro. 

Ao Cidadeverde.com, o reitor Paulo Borges da Cunha informou que foi pego de surpresa com a decisão do bloqueio do orçamento que afetou os institutos e universidades federais do país. O Ministério da Educação bloqueou na sexta-feira (27) 14,5%, o equivalente a R$ 3,23 bilhões, alegando que o objetivo é cumprir o teto de gastos públicos. 

“Nos pegou de surpresa, eles não tiveram consideração com a gente, não fizeram uma reunião, e agora nós estamos com situação bem crítica, sem saber como vamos ficar nisso”, afirmou o gestor na oportunidade

Foto: Arquivo/Cidadeverde.com

Breno Moreno (Com informações da UFPI)
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