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Doenças crônicas podem levar à queda dos cabelos: conheça quais são elas

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Foto: Freepik

 

Entre as doenças crônicas, algumas delas podem ter como sintoma a queda de cabelo. Mas, isso pode ter diferentes motivos e origens e, por isso, é importante analisar cada caso. Segundo o médico Luciano Barsanti, é fundamental que esses pacientes sejam acompanhados por uma equipe multiprofissional – que inclua um tricologista – para que o tratamento adequado para cada paciente seja encontrado.

De acordo com ele, existem várias doenças crônicas que podem levar à queda de cabelo. Algumas patologias comprometem a nutrição do bulbo capilar, que é a raiz do cabelo. Exemplo disso é o diabetes, que quando não está controlado pode, a médio ou longo prazos, comprometer as arteríolas, que são pequenos vasos sanguíneos que levam oxigênio e nutrientes para o folículo piloso, a ‘fábrica’ do cabelo, provocando queda e afinamento dos fios. “A hipertensão arterial é outra situação que pode acometer o comprometimento dos fios”, explica.

O especialista fala, ainda, de outras patologias, como as enterocolites – que são inflamações no trato digestivo –, gastrite, doença de Crohn, síndromes de má absorção e intolerâncias alimentares (à lactose, ao glúten ou a outros componentes). Estas são situações anormais que levam a uma desnutrição orgânica e consequente diminuição dos elementos básicos para a produção de fios de cabelo. “Isso acontece porque há perda ou incapacidade de absorver nutrientes essenciais para os cabelos, como as vitaminas do complexo B, proteínas e ferro”, conta o médico.

As anemias – provocadas por perda constante de sangue, mesmo em pequenas quantidades – como nos miomas uterinos, cálculos renais, alterações de coagulação, sangramentos menstruais intensos, endometriose e a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), além de doenças como as leucemias e patologias que alterem a coagulação sanguínea, como a baixa quantidade de plaquetas, também podem levar à queda de cabelo.

Na insuficiência renal, ou em pacientes que fazem hemodiálise, pode ocorrer uma perda constante de Ferro, levando a uma anemia ferropriva crônica com a alteração da saúde e até da cor dos fios de cabelo.

“Existem outras situações que causam a queda de cabelo, como as doenças psiquiátricas – a exemplo da depressão, anorexia nervosa ou tricotilomania – que são causas relativamente frequentes de calvície ou queda capilar. Doenças que causam dor crônica e/ou que prejudicam o sono provocam quedas intensas, o chamado Eflúvio Telógeno. As moléstias autoimunes como o lúpus e líquen plano, também podem ser citadas”, acrescenta o especialista.

O médico lembra ainda das doenças prolongadas, que podem causar muito sofrimento e desgaste psicológico, como os vários tipos de câncer ou as moléstias do tecido conjuntivo, que causam quedas capilares importantes.

“Não é possível determinar um tratamento sem conhecer o paciente, porque ele vai depender da causa e do tipo de doença. Sendo assim, é importante que, aos primeiros sinais de alarme – como excesso de cabelos no chuveiro, na pia do banheiro, na fronha, na mesa de trabalho ou banco do carro – o paciente procure imediatamente um médico”, conclui.

 

Da Redação
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