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Assaltantes fazem arrastões em ônibus; são mais de 100 assaltos só este ano

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com 

Um levantamento realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintetro) aponta que, de janeiro a setembro de 2022, mais de 100 assaltos à mão armada foram registrados dentro de ônibus coletivos em Teresina. 

O presidente do sindicato, Antônio Cardoso, conversou nesta terça-feira (27) com o Cidadeverde.com e lamentou a situação de insegurança que os trabalhadores e passageiros enfrentam. 

“De janeiro para cá, pra se ter uma ideia, dá muito mais de 100 assaltos. Os passageiros já se sentem cansados. Pegam um transporte público de péssima qualidade, não têm segurança e, normalmente, só quem toma prejuízo é o cobrador, motorista e os passageiros”, destacou Antônio Cardoso. 

O presidente do Sintetro ainda apontou que a maior parte dos casos não chega a ser registrada oficialmente, através de boletim de ocorrência.

“O pessoal não vai registrar B.O porque não dá em nada. Ninguém vai preso. Não há uma investigação e fica por isso mesmo. Já formalizamos inclusive um ofício junto ao Comando Geral no dia 12 de agosto, mas até hoje não fomos recebidos para falar com o comandante sobre essa insegurança”, lamentou Antônio Cardoso. 

Dinâmica dos assaltos 

Segundo o Sintetro, os assaltantes escolhem realizar os crimes sempre em ônibus que passam pelos shoppings, independente da zona da cidade.Os suspeitos andam armados e geralmente em trio. 

“Costumam agir nas proximidades do shopping porque se infiltram entre os passageiros. Hoje eles andam bem arrumados para  não chamar atenção. Entram no ônibus para anunciam o assalto quando o ônibus está passando pela ponte”, destacou Antônio Cardoso. 

O presidente do Sintetro ressaltou ainda que todos os assaltos costumam ser premeditados, porque sempre que realizam o crime, um carro está esperando pelos assaltantes para dar ajudar na fuga.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Os assaltos costumam acontecer nas linhas de ônibus que operam para os shoppings e, segundo o levantamento do Sintetro, acontece ao meio dia e no turno da noite, das 19h às 22h. 

O presidente do Sintetro quer que a Polícia Militar faça barreiras constantes para inibir que os assaltos continuem acontecendo. 

“Eu acho que não é um trabalho tão difícil de ser feito. Essas barreiras para o ônibus daquele é um motivo de segurança para o passageiro e também para profissionais. Ninguém aguenta mais esse tipo de coisa aqui em Teresina”, completou Antônio Cardoso. 

Caso mais recente 

O caso mais recente aconteceu no bairro São João, zona Leste, quanto um homem entrou no ônibus e anunciou o assalto. Usando uma arma de fogo, o suspeito, ainda não identificado, chegou a levar R$ 600 do cobrador e três celulares de passageiros. 

“Fizemos uma vaquinha para ajudar o cobrador porque sempre sobra para o trabalhador que precisa prestar contas. Durante a ação, o criminoso ainda deu um disparo acidental que atingiu uma janela. Por pouco não acontece uma tragédia”, lamentou o presidente do Sintetro. 

Foto: Sintetro 

 

 

 

Nataniel Lima
[email protected] 

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