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Caso Débora Victória: advogado diz que PM vai se posicionar após perícia

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Foto: Reprodução Instagram

A defesa do tenente da Polícia Militar suspeito de envolvimento na morte de Débora Victória, de 6 anos, informou que aguarda o resultado da perícia que está sendo realizada na arma para apresentar a versão do policial e ainda contesta algumas acusações realizadas pela mãe da criança. Segundo a defesa, o PM estava cumprindo seu dever de defender as vítimas durante um assalto.

O crime ocorreu no bairro Ilhotas, no dia 11 de novembro, quando a mãe, Dayane Gomes, e filha chegavam em casa e foram surpreendidas pelo criminoso que anunciou o assalto. O PM teria visto a situação e reagido com disparos, momento em que se iniciou uma troca de tiros e as vítimas foram atingidas. Dayane foi atingida na perna e Débora com um disparo, e acabou falecendo. Clemilson da Conceição Rodrigues suspeito de ter participado da tentativa de assalto foi preso logo após o crime.

A mãe da criança acusa o PM de efetuar o disparo que vitimou a filha. No entanto, a Polícia Civil aguarda um exame de microcomparação de balística que vai comprovar de onde partiu o disparo fatal. O resultado deve sair em até 10 dias.

A defesa informou que vai esperar o resultado da perícia para se manifestar. “Estamos mantendo a reserva sobre o que aconteceu naquele dia, por conta da perícia. A mãe está dando a versão dela, entendemos que ela está sobre violenta emoção, mas o policial se levantou em defesa dela. Nós vamos aguardar o resultado da perícia, pois sabemos que isso irá definir muita coisa, só então vamos poder nos manifestar”, afirmou o advogado Otoniel Bisneto.

A versão da mãe que o policial estaria bêbado é contestado pela defesa. “O policial não estava bêbado, estava na frente de casa segurando o filho dele. O que acontece é que a mãe quer encontrar um culpado, ela não fala nada do bandido que estava tentando assaltar ela, culpa apenas o policial, menos o bandido. O policial mora naquele local desde que nasceu, é um bom cidadão, e essa família havia se mudado há pouco tempo para lá, então eles não tinham muita relação”, destacou.

Foto: Divulgação/PM-PI

Prisão de Clemilson

O advogado destacou que o tenente estava tentando proteger as vítimas e que as acusações estão sendo realizadas apenas contra o PM, enquanto era Clemilson que estaria realizando um assalto.

“A mãe aponta apenas o policial como culpado. Ele estava cumprindo o dever dele de policial, se deparou com a ocorrência de um delito e ele foi intervir, quando houve o confronto. Inclusive foi o policial que baleou na perna o Clemilson e ele só foi preso porque estava baleado. Aquela é uma área de facções, o ex-marido dela, por exemplo, foi preso ontem com uma arma de fogo. Por que não se fala do Clemilson que é de uma facção e que tem várias passagens pela polícia? Falam apenas do policial”, criticou.

Otoniel Bisneto afirmou que toda a situação deixou o tenente da PM abalado e destacou que ele possui mais de 30 anos de serviços prestados na PM.

“É claro que ele não está bem com toda essa situação de confronto, onde estão questionando o comportamento dele. É um cidadão respeitável, operacional, de conduta correta e digna, onde se viu envolvido nisso, e ficou afetado com as declarações da mãe, que a gente respeita, pois perdeu a filha, mas não é coerente culpar apenas o policial e nem esperar o resultado da perícia, por isso achamos que é importante aguardar esse resultado, onde vamos poder realmente nos posicionar”, finalizou.

 

Bárbara Rodrigues 
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