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'Matador' de favoritos, Japão pega Croácia por melhor Copa de sua história

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Contrariando os prognósticos, o Japão derrotou dois campeões mundiais na Copa do Qatar. Primeiro caiu a Alemanha; depois, a Espanha. Em ambos os jogos, vitórias de virada, construídas no segundo tempo, com participação de reservas.

Campeões do Grupo E, com o moral nas alturas, os "samurais azuis" vão a campo nesta segunda-feira (5), às 12h (de Brasília), em busca de mais uma surpresa: derrotar a Croácia, vice-campeã da Copa de 2018, na Rússia.

Caso obtenha mais esse feito, o Japão chegará pela primeira vez às quartas de final de um Mundial. A seleção asiática participa de sua sétima Copa. Desde a estreia, em 1998, nunca deixou de estar presente e caiu nas oitavas de final três vezes (2002, em casa, 2010 e 2018).

No Mundial russo, o Japão teve uma grande decepção no primeiro mata-mata: abriu 2 a 0 contra a Bélgica e permitiu a virada.

O ala esquerdo Nagatomo, 36, ao se recordar desse momento em entrevista na véspera do duelo com os croatas, disse acreditar que desta vez não há chance de ele se repetir.

"Crescemos mentalmente e fisicamente desde 2018. Para mim, a seleção japonesa deste ano é a mais forte da história."

No Qatar, o gol da classificação do Japão para as oitavas saiu em um lance polêmico, já que as câmeras de televisão mostravam que a bola tinha saído pela linha de fundo antes de Mitoma cruzar para Tanaka fazer 2 a 1 na Espanha.

Amparada na tecnologia, a Fifa afirmou que a arbitragem deu o gol porque parte da bola estava sobre a linha não convenceu muita gente, mesmo depois de exibir um vídeo explicativo.

Personagem presente nessa polêmica, Mitoma é um dos jogadores que vieram do banco e se destacaram. O gol de empate diante dos espanhóis foi de Doan, outro que entrara no intervalo.

Na estreia, os alemães foram vítimas do mesmo Doan e de Asano, que tinham saído do banco e deixaram suas marcas nas redes do goleiro Neuer.

É possível que Doan, o artilheiro da seleção nipônica no Qatar, ganhe uma chance do técnico Hajime Moriyasu e comece a partida contra a Croácia, no estádio Al Janoub, em Al Wakrah.

Do lado dos europeus, as apostas são na defesa, que só levou um gol em três partidas, e na liderança do seu capitão e camisa 10, o experiente Luka Modric, 37, recordista de jogos (158) pela seleção dos Bálcãs.

O meia do Real Madrid, eleito o melhor jogador da Copa de 2018 e também o melhor do mundo naquele ano, joga seu quarto e último Mundial. Com ele, a Croácia tem excelência na organização e na criação.

Diferentemente dos japoneses, os croatas, apesar de uma goleada (4 a 1 no Canadá) e da invencibilidade (essa vitória e dois 0 a 0), não empolgaram até aqui no Qatar.

No terceiro jogo da fase de grupos, por pouco não perderam da Bélgica -Lukaku desperdiçou ótimas chances-, o que significaria a eliminação precoce.

O treinador Zlatko Dalic quer que sua equipe mantenha a posse de bola na maior parte do tempo, o que se por um lado permite, teoricamente, criar mais chances de gol, por outro dá ao adversário possibilidades de contra-atacar, o que requer cuidados devido à velocidade dos asiáticos.

"Nos contra-ataques, os japoneses chegam à área com cinco ou seis jogadores. Não podemos dormir no ponto", disse o técnico croata.

Quem passar de Japão x Croácia se deparará na sexta-feira (9), para tentar chegar às semifinais, com o ganhador de Brasil x Coreia do Sul, que também jogam pelas oitavas de final nesta segunda, às 16h.

Fonte: Folhapress

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