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"Não existe obra de engenharia que suporte isso", diz Lucile

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A presidente da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi), Lucile Moura, tentou justificar as causas do rompimento da barragem de Algodões I que aconteceu na tarde desta quarta (28). Ela concedeu entrevista ao vivo de Cocal no Jornal do Piauí de hoje.
 
 
Segundo ela, o planejamento feito pela Emgerpi fugiu do controle devido a quantidade de chuvas, principalmente vindas do Ceará. "Estávamos fazendo o monitoramento, havia equipe em Viçosa-CE. O governador foi comunicado às 10h da manhã a respeito da necessidade de retirar as famílias", diz a presidente. Ela acrescenta ainda que algumas famílias resistiram para sair e não houve tempo de acionar a Justiça. "Existe certa teimosia e algumas só quiseram sair depois de verem os helicópteros e agentes da Defesa Civil na área", declara.
 
Lucile Moura informou também que existem três pontos de abrigo com menos de 40 pessoas em cada um. Outro tem cerca de 300 pessoas, além de um assentamento da região que encontra-se ilhado. Mantimentos só podem chegar até lá de helicóptero. Exitem cerca de 100 pessoas na localidade.
 
Sobre um possível erro do engenheiro Luis Hernani de Carvalho em autorizar as famílias a voltarem, a presidente da Emgerpi acredita que qualquer avaliação nesse momento seria precoce. Um parecer técnico previu o fim das fortes chuvas. Não teria havido, de acordo com Lucile Moura, erro de monitoramento.
 
"Isso foi um acidente. Imagina 100 litros de água em 1 m² durante 4 horas. Não existe obra de engenharia no mundo que suporte uma ação dessas", diz. O governo perdeu o controle e considera que o limite foi o tempo de retirada das famílias.
 
Nayara Felizardo
(Especial para o Cidadeverde.com)
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