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Corpo de estudante passará por exames de DNA e toxicológico

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Amostras coletadas no corpo da estudante de jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, 21 anos, assassinada durante uma calourada na Universidade Federal do Piauí (Ufpi) serão submetidas a exames genético (DNA) e toxicólógico. A perícia é considerada peça-chave para identificar, por exemplo, de quem é o sangue encontrado na roupa do estudante de mestrado, Thiago Mayson da Silva Barbosa, 28 anos, preso pelos crimes de estupro e feminicídio, bem como detectar se havia droga no organismo da vítima encontrada com sinais de violência física e sexual, o que pode direcionar também para hipótese dela ter sido dopada. 

"O DNA  é perfeitamente capaz de fazer isso, seguramente que sim. Há outras situações em que se pesquisa mistura de sangue, enfim, outras situações que vamos estudar e ver se se consegue alguma positividade. Já o toxicológico é pra saber se havia alguma substância envolvida naquele local, se foi usada alguma substância ilícita. Tudo isso faz parte da praxe em casos como esse, não quer dizer que se suspeite de alguma coisa, mas tem que ser feito. O delegado requisitou e entendo que requisitou muito bem, pois é  importante na rotina que seja feito", esclarece o médico legista e diretor do Departamento de Polícia Técnico Científica do Piauí, Antônio Nunes. 

Foto Arquivo pessoal

Manchas de sangue foram encontradas na vítima, nas roupas do suspeito, na sala de estudos da Ufpi onde ocorreu o crime, bem como em um colchão achado no local. A estudante teve as vértebras do pescoço deslocadas.

"Vamos fazer os exames genéticos, exames toxicológicos, conforme requisitado pela autoridade policial [delegado Baretta] e mais algum exame de estudo de mancha de sangue, talvez alguma simulação dos fatos [reconstituição]. Vai depender da perita que vai dizer isso ou algum  histopatológico [análise microscópica dos tecidos para a detecção de possíveis lesões existentes] vamos ter uma reunião hoje (30) para decidir. Mas genética e toxicológico certamente que sim", explica Nunes.

Sobre a possibilidade de análise genética no suspeito, Nunes explica que a perícia não age de ofício. "Em primeiro lugar, é interessante saber se a investigação entende que deve ser feito isto ou não. A perícia não age de ofício, precisa ser provocada, mas a gente orienta, sempre  que procurado. É uma decisão da autoridade policial que, se decidir, tem que ter a autorização do suspeito para que se possa invadir cavidades corporais", explica o médico legista. 

O resultado do exame de DNA deve sair em um prazo inferior a dez dias. Já o toxicológico não há prazo estimado. 

 

Graciane Araújo
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