Cidadeverde.com

Polícia investiga se equipamento usado para capturar onça apresentou defeito

Imprimir

Foto: Facebook - Parque Zoobotânico 

A bióloga do Bioparque do Zoobotânico prestou depoimento na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente na manhã desta terça-feira (07) e alegou ao delegado titular, Williame Moraes, que o cambão, equipamento utilizado para capturar a onça que fugiu do recinto na última semana, pode ter apresentado falha.

Segundo a funcionária do bioparque, o animal foi capturado com vida e levado até o veterinário do zoológico para atendimento médico.

“A bióloga que prestou depoimento diz que o veterinário tentou reanimar a onça, mas não conseguiu. Agora é confirmar se isso aconteceu mesmo, o que ele percebeu que ele tinha. Vai ser escutado o próprio médico. Vai ser feito o ofício hoje. Vai ser solicitado o cambão porque a bióloga disse que o cambão apresentou mau funcionamento”, destacou o delegado William Moraes.

O mau funcionamento no cambão pode ter feito a onça ter sido enforcada. Mas, como destacou o delegado, essa é uma das hipóteses que estão em análise. Segundo ele, somente laudos que estão sendo confeccionados poderão dizer de fato a causa da morte do animal.

“Dizem que o animal teve uma parada cardíaca. Vamos saber se foi uma parada cardíaca, se foi um mau funcionamento do cambão que acabou sufocando a onça. Se não foi o medicamento que foi usado de forma excessiva, tudo isso temos que saber. Ou até se a onça morreu de estresse. Isso é muito comum também”, detalhou o delegado.

Williame Moraes ressaltou ainda que a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente também quer saber se houve dolo na conduta da captura do animal. Só dessa forma poderá ser aplicada a lei de maus tratos.

Leia também: "Utilizamos todos os protocolos", diz comandante da Polícia Ambiental sobre captura de onça

“A lei do crime de maus tratos diz que tem que ser dolo (a vontade de querer o resultado, a morte do animal). Para eles responderem tinham que querer que o animal morresse. Tenho que averiguar isso. Se não tiver dolo, não há crime. Pode ser uma improcedência, pode ter sido doença pré-existente ou o cambão. Só o inquérito que vai nos dizer”, completou o delegado.

Nesta terça-feira (07) devem ser ouvidos na delegacia os tratadores que trabalharam na captura da onça. Logo após o veterinário do bioparque.

O delegado aguarda laudo de necropsia para descobrir a causa da morte. Estão sendo produzidos dois laudos, um a cargo da Policia Civil e um segundo no Hospital Veterinário da UFPI.

 

 

 

Nataniel Lima
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais