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Gilberto Albuquerque admite pagamentos sem empenho na FMS, mas nega desvios

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

O ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, confirmou nesta segunda-feira (27) que o órgão realizou o pagamento de despesas na ordem de R$ 83 milhões sem o devido empenho, mas argumentou que não houve qualquer irregularidade no procedimento de pagamento. A explicação aconteceu após seus esclarecimentos aos membros da comissão criada pela Câmara Municipal de Teresina (CMT) para apurar eventuais irregularidades nas operações financeiras da pasta.

Após apresentar algumas explicações aos vereadores, o ex-gestor pontuou à imprensa que só soube dos repasses realizados pela diretoria administrativa e financeira da FMS após as denúncias feitas pelo vice-prefeito Robert Rios (sem partido), porém, ressaltou que também teria autorizado o pagamento já que eles contemplaram prestadores de serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). 

“É como se o dinheiro viesse carimbado. Tive conhecimento agora durante as discussões, mas se soubesse antes também não teria mudado, porque você tem duas opções: receber o dinheiro que é de alguém, a lei federal diz que você tem cinco dias para repassar. E se você não repassar? Você é punido por improbidade e todo recurso volta. Então como vamos estar no período de mais dificuldade e deixar de devolver dinheiro?”, questionou. 

Segundo Albuquerque, todas as informações a respeito dos repasses estão no sistema de pagamento da FMS. "É muito fácil checar isso. Onde o extrato foi tirado, lá tem o nome da empresa prestadora. É só clicar em cima dele que você teria a informação do nome, CNPJ e o motivo pelo qual o dinheiro foi repassado. Nunca foi usado para fazer compra de insumo, medicamento ou o que quer que seja", enfatizou. 

Durante sua participação na audiência realizada pela comissão nesta manhã, Gilberto Albuquerque também admitiu que houve excesso de gastos na FMS. No entanto, o ex-presidente do órgão garantiu que não houve desvio de recursos e frisou que o aumento dos pagamentos foram consequência da ampliação de serviços na pandemia.

“No período covid, tínhamos o setor covid e o setor não covid, então em algum hospital um médico cuidava por exemplo de todo hospital, mas no período da covid ele não pode, porque ou ele era covid ou não covid, então

“Tínhamos que separar o hospital em mais de uma área. Para cada área que não podia ter comunicação, havia um profissional diferente. Então pode ser que nós tivéssemos mais profissionais que no período não covid. Se avaliarmos a folha, com tudo isso nós tivemos foi uma redução na quantidade de plantão, reduzimos a folha suplementar”, concluiu.

Breno Moreno
[email protected]

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