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“Perseguição ao artista foi muito danosa para o Brasil”, diz Margareth Menezes no Piauí

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, fez hoje (7), em Teresina uma incisiva reflexão quanto às críticas feitas ao fomento de projetos para a área da Cultura. 

Margareth Menezes disse que a imagem construída ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no entorno do que é ser “artista” foi danosa para o país.

Ela está em Teresina nesta manhã, em uma solenidade na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), para entrega de um busto em homenagem a Esperança Garcia, mulher negra e escravizada, reconhecida no ano passado como a primeira advogada do país. 

“A Cultura é feita por diversas expressões, então, representa orquestras, museus, trabalhadores técnicos, contrarregra, cinegrafista. Essa perseguição da figura do artista foi muito danosa para o Brasil. Quero saber aqui se o Piauí tem orgulho dos seus artistas e da sua cultura”, questionou aos jornalistas presentes, recebendo um sinal positivo. “Então, por que perseguir a Cultura? Se ela é um vetor de transformação. Para cada R$ 1 o retorno é de R$ 1,60, isso é comprovado. É um direito da Constituição dar acesso à Cultura. Então, por que o fomento à Cultura ainda é perseguido? Porque é o primeiro vetor de transformação para a vida das pessoas mais simples “, disse a ministra. 

Margareth Menezes também não deixou de falar sobre Esperança Garcia e disse que a piauiense é um símbolo de luta para povo negro. 

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

“Ela representa a injustiça que vem sendo cometida com o povo negro desde aqueles momentos da escravidão. Não necessariamente precisaria de um documento para comprovar os desmandos que o nosso povo sofreu. A verdadeira história de como o nosso povo chegou aqui já serviria como potência para que as pessoas negras tivessem acesso aos seus direitos. Ainda bem que acharam esse documento para comprovar que desde 1700 que o povo negro luta para ter acesso aos seus direitos”, declarou. 

No campo do ministério, Margarete Menezes prometeu fazer uma gestão aberta, diferente da anterior que considerou fechada. “Não se conversava com ninguém”. Ela disse que o grande desafio é destravar ações da pasta. Como artista, ela disse esperar levar a vivência da profissão para dentro do governo e já tem projetos para desenvolver na área. Entre as prioridades elencou a redistribuição do fomento, a execução da Lei Paulo Gustavo, retomada da Fundação Palmares e reestruturação do Iphan. 
  
“Para mim, como artista, me sinto honrada em receber o  convite do presidente Lula pela sensibilidade onde ele me ver com a representatividade da mulher negra que sou, gestora da minha própria carreira  e também para levar para dentro do ministério um pouco da realidade. Precisamos, sim, destravar o ministério da Cultura, destravar a arte e a cultura no Brasil inteiro, a Cultura é um vetor de desenvolvimento econômico. Leis de fomento estamos providenciando, estamos voltados para isso, contando com essa força que nosso setor está necessitando. Estamos voltando com essa disposição”, disse Margareth Menezes. 

Na tarde de hoje, a ministra terá audiência com o governador Rafael Fonteles (PT) e artistas. Às 18h15 será exibido o filme sobre Esperança Gracia no Teatro 4 de Setembro.

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Flash Paula Sampaio
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