Foto: Sintetro
Atualizada às 10h
Motoristas e cobradores de cinco empresas de ônibus de Teresina paralisaram atividades nesta sexta-feira (10) deixando parte da zona Sudeste, uma das áreas mais populosas da cidade, sem transporte coletivo. A categoria afirma que está há 40 dias sem receber salários.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro), Antônio Cardoso informou que inicialmente a paralisação era de 2 horas, mas devido a falta de pagamento os trabalhadores resolveram parar 100% da frota.
“Não tem mais condições, os trabalhadores estão sem receber salários há 40 dias e chegamos ao limite. Além da falta de salários têm empresas que não pagou nem o tíquete alimentação”, disse Cardoso.
A partir de segunda-feira (13) a categoria realiza greve geral por tempo indeterminado.
Hoje, às 15h, os procuradores do trabalho convocaram uma reunião para tentar evitar a greve.
As empresas que estão hoje sem circular ônibus: Taguatur, Entracol, Tranporte Teresina, Transfácil e a Cidade Verde.
Fotos: Sintetro
Atualizada às 8h35
Os motoristas e cobradores das empresas de ônibus Emtracol, Transfácil, Cidade Verde e Taguatur, que operam na zona Sudeste de Teresina, paralisam as atividades nesta sexta-feira (10). Os trabalhadores reivindicam o pagamento de salários atrasados que ainda não foram quitados.
A paralisação se iniciou às 4h e segue até 9h, onde os trabalhadores vão se reunir e devem decidir se continuam parados.
“Nós recebemos o pagamento quinzenal, recebemos dia 20 e dia 5. No dia 20 recebemos 40% e no dia 5 recebemos 60%, só que nesse último essas empresas não pagaram. Iniciamos essa paralisação às 4h, com 100% dos veículos parados. O que as empresas alegam é que esperam um repasse da prefeitura, sempre a mesma coisa que dizem, e o trabalhador tendo que trabalhar sem receber. Alguns inclusive não querem nem voltar a trabalhar já que a greve está prevista para iniciar na próxima segunda-feira”, afirmou Cláudio Gomes.
Ele destacou que os constantes atrasos nos pagamentos, além dos baixos salários estão afetando a saúde dos trabalhadores. “Eles estão adoecendo, tem muita gente precisando de psicólogo, estão adoecendo psicologicamente por causa das contas de casa que não consegue pagar, sempre essa situação de atrasos. O cobrador que trabalha no dia a dia, ele tem noção de quando a empresa recebe, e a pesquisa que fizemos é que em dois dias de trabalho, a empresa já tira o valor dos salários. Então aqui estão todos revoltados, não aguentamos mais”, disse Cláudio Gomes.
Greve
Na última terça-feira (7), o Sintetro se reuniu com o secretário municipal de Governo, Michel Saldanha, para discutir a crise no transporte público e evitar uma nova suspensão do serviço na cidade. Sem acordo, os trabalhadores decidiram manter a convocação de greve geral para a próxima segunda-feira (13).
A greve está mantida e apenas 30% dos ônibus vão circular a partir de segunda-feira. Apenas se houver alguma negociação, existe a possibilidade de suspensão da greve.
“Está mantida, até agora está mantida a greve, se por ventura tiver qualquer novidade até o final do dia de hoje, seria possível reunir a categoria no sábado, para fazer uma Assembleia. Aí a gente ouviria a opinião do trabalhador se deflagra greve ou não, mas até agora não teve nenhuma negociação ou novidade no sentido de suspensão da greve”, afirmou.
Setut se manifesta
O Cidadeverde.com entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) que informou que até o momento não tem confirmação bancária de que foram transferidos repasses financeiros para as empresas e que busca uma solução para a situação.
Confira a nota na íntegra:
O SETUT informa que até o momento não tem confirmação bancária de que foram transferidos repasses financeiros para as empresas.
A entidade esclarece que segue junto ao Sintetro buscando soluções efetivas e viáveis para a resolução dos problemas do setor, alinhando com a Prefeitura de Teresina.
Breno Moreno e Bárbara Rodrigues
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