Foto: Breno Moreno/Cidadeverde.com
Após mais de três horas de audiência, trabalhadores e empresários não chegaram a um consenso. Segundo Antônio Cardoso, presidente do Sintetro, os termos apresentados não satisfazem a categoria, no entanto serão discutidos em assembleia na próxima segunda-feira (13). Apesar disso, motoristas e cobradores seguem mobilizados para uma possível greve geral.
“Diante do que foi colocado aqui, achávamos que teríamos uma proposta melhor para os trabalhadores, mas vamos deixar para a categoria dar sua avaliação. Está mantida greve, mas a gente vai explanar para o trabalhador o que aconteceu aqui para que ele veja os parâmetros e quem está do nosso lado”, afirmou o sindicalista.
A reunião foi convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Participaram os empresários Edmilson Carvalho, presidente do Setut, Marcelino Lopes, vice-presidente do Setut, Ari Ricardo da Rocha, procurador-geral do Município, Michel Saldanha, secretário municipal de Governo e Antônio Cardoso, presidente do Sintetro.
Durante a reunião, empresários ofereceram 6% de reajuste para a categoria, além de 30% do auxílio saúde e 25% do vale alimentação. Marcelino Lopes, vice-presidente do Setut, afirma que o percentual proposto está acima da inflação e é o que as empresas conseguem arcar atualmente.
“Ainda assim, o sindicato laboral após ouvir todos achou em fazer a greve. Infelizmente lamento profundamente. É lastimável, é o que tenho a dizer a população. A prefeitura ainda vai tentar mais um diálogo com os trabalhadores e a gente espera que isso redunde em não haver greve e continuar se buscando uma coisa factível é possível de se colocar em prática”, disse o empresário.
Presente na mesa de discussões, o secretário municipal de Governo, Michel Saldanha, pontuou que a Prefeitura de Teresina tem tentado auxiliar o “ambiente favorável de negociação” entre trabalhadores e empresários. Apesar disso, destacou que o problema se trata de uma “situação exclusivamente de natureza trabalhista”.
“Estamos trabalhando fortemente na perspectiva de que essa conciliação e acordo possam acontecer, mas paralelo a isso, caso não cheguemos a essa convergência de interesse de maneira imediata, a Prefeitura de Teresina vai tomar todas as providências necessárias para manter o serviço de transporte para a população”, reforçou Saldanha.
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Atualizada às 16h
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro) participa de uma audiência com representantes da Prefeitura de Teresina e empresários que operam o sistema nesta sexta-feira (10), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PI).
O encontro é mediado pelo desembargador Manoel Edilson Cardoso, que tenta intermediar uma negociação entre as partes para remediar a crise no transporte público da capital e uma paralisação total do serviço convocado para a próxima segunda-feira (13).
Representam a Prefeitura de Teresina no encontro: o procurador geral do município, Ari Ricardo da Rocha e o secretário municipal de Governo, Michel Saldanha.
Também estão presentes o presidente e o vice do Setut, Edmilson Carvalho e Marcelino Lopes, e o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.
Foto: Breno Moreno/ Cidadeverde.com
Entre as pautas está as pautas discutidas na reunião está a assinatura da convenção coletiva da categoria, o reajuste salarial dos motoristas para R$ 2.830 com jornada de 7h20, ticket alimentação de R$ 600 e plano de saúde.
Os trabalhadores de quatro empresas que operam linhas da zona Sudeste também reivindicam o pagamento de salários atrasados. Há dois dias o funcionamento dos ônibus nos bairros dessa região está comprometido por conta da situação. Hoje (10), motoristas e cobradores paralisaram as atividades.
A expectativa é que um acordo seja firmado ao término da reunião, para evitar uma nova greve geral dos trabalhadores do transporte público de Teresina.
Flash Breno Moreno
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