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Espera de até 5 horas, pagamento em PIX e "vaquinha" marcam 1º dia de greve de ônibus

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Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

O primeiro dia de greve geral no transporte público em Teresina foi marcado por demora nas estações de passageiros, reclamações e usuários fazendo "vaquinha" para voltar para casa. Há quase 5 horas à espera de um veículo cadastrado, um grupo  tentava fazer uma "vaquinha" para retornar para o bairro Satélite, na zona Leste da Capital. O movimento grevista de motoristas e cobradores segue por tempo indeterminado.

"A gente se conheceu aqui e estamos querendo ir pra mesma região. Vamos tentar dividir um carro por aplicativo pra ver se conseguimos voltar. O táxi nos cobrou R$ 15 por pessoa, mas não temos esse dinheiro. Estou aqui desde 13h porque precisei vir ao Centro pagar uma prestação", desabafa a idosa Neide Sousa.

Nesta segunda-feira (13), o Cidadeverde.com percorreu alguns pontos de ônibus nas zonas Sul e Central de Teresina e constatou um tempo mínimo de espera de 2 horas por veículo cadastrado. Para algumas regiões da cidade, como a Sudeste, há disponibilidade de linhas alternativas. Além de dinheiro em espécie, motoristas têm aderido ao PIX como pagamento da passagem no valor de R$ 4.

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

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A greve do transporte público também reflete na movimentação no centro da cidade. "Os próprios comerciantes disseram que o movimento foi mais fraco. Só saiu de casa mesmo quem precisa trabalhar. Dependo do transporte público, mas não sou contra. Tiraram muitos benefícios de pais de famílias. Eles têm que correr atrás mesmo. Já pensou trabalhar o mês todinho e não receber?", questiona Lelia Barros. 

Entre as principais reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Sintetro) estão a assinatura da convenção coletiva, reajuste salarial dos motoristas para R$ 2.830 com jornada de 7h20, ticket alimentação de R$ 600 e plano de saúde.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou que ofertou um reajuste de 6%, acima da inflação, para a categoria dos motoristas e cobradores, mas que não conseguiu evitar a greve da categoria.

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

 

Graciane Araújo 
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