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'Frente de Mulheres' protesta contra feminicídio e violência de gênero

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Fotos: Divulgação / Frente de Mulheres

Um grupo formado por militantes do movimento ‘Frente de Mulheres’ ocupou nesta segunda-feira (27) a recepção do prédio do Ministério Público do Piauí (MPPI), no Centro de Teresina, reivindicando uma audiência com o procurador-geral, promotor Cleandro Moura. 

Cerca de 20 mulheres participaram do ato e juntas querem discutir com o promotor medidas para o combate à violência contra a mulher no Piauí. A manifestação é resultado, segundo Madalena Nunes, da demora em marcar a audiência. 

“O primeiro pedido de audiência foi protocolado em 2021 e não obtivemos resposta. A gente tem uma audiência solicitada com o procurador-geral do Ministério Público, que ainda não foi marcada. É a luta das mulheres contra o feminicídio e todo tipo de violência de gênero, racional”, destacou Madalena Nunes. 

Durante a ocupação, o grupo conseguiu marcar uma audiência com um núcleo do Ministério Público que discute violência de gênero. O encontro deve acontecer no dia 14 de abril. 

“Estamos saindo daqui após uma ocupação relâmpago. A pauta é a violencia contra a mulher, o feminicídio, o estupro, toda violência que a sociedade sabe que passamos e que nós não podemos mais aceitar essa situação. Se a política pública falta, o Ministério Público tem que agir para que ela alcance as mulheres e evite suas mortes”, acrescentou Madalena Nunes. 

Na audiência que o movimento reivindica, as mulheres querem entregar um manifesto ao procurador-geral, que discute providências referentes aos assassinatos e estupros de mulheres no Piauí. No documento é citado, inclusive, o caso da universitária morta após um estupro na Universidade Federal do Piauí (Ufpi). 

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

"A omissão do Poder Público, ou o faz-de-conta que caracteriza as ações, pode ser comprovada pela falta de destinação de recursos orçamentários para os programas de combate à discriminação e à defesa das mulheres e meninas mais vulneráveis", diz trecho do documento protocolado no MPPI. 

Nataniel Lima
[email protected] 

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