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Filhote de peixe-boi resgatado vai ser transferido para Pernambuco

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Foto: ICMBio

Um filhote de peixe-boi, de aproximadamente dois meses, encontrado encalhado em praia no Maranhão foi encaminhado para o projeto Peixe-Boi Marinho, em Cajueiro da Praia, a 353 km de Teresina, no litoral do Piauí, e em breve deve ser transferido para o estado de Pernambuco.

O analista ambiental e biólogo Bruno Vinícius, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), informou que no dia 28 de março o animal encalhou na praia de Travosa, no município de Santo Amaro do Maranhão, no estado do Maranhão.

Uma equipe do projeto Peixe-Boi Marinho foi acionada e se encaminhou até o local, onde resgatou o animal, que foi transferido para Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí, na sede do projeto. Em breve ele deve ser transferido para o Centro de Mamíferos Aquáticos, localizado na Ilha de Itamaracá, no estado do Pernambuco.

Segundo  Bruno Vinícius, a transferência do animal é necessária, pois o projeto não possui capacidade de atender o animal, que atualmente é um filhote e só poderá ser solto no mar quando for adulto.

"Ele veio do Maranhão no dia 29 após ter sido encontrado por pescadores. Aqui nós não temos estrutura para manter o filhote. Ele não pode ser devolvido ao ambiente natural no estado que ele está, pois eles ficam com a mãe por dois anos, e se ele voltar a encalhar novamente, não vai resistir. Ele precisa de um processo de reabilitação, para ser cuidado até virar adulto e ser reintroduzido. Aqui não temos estrutura para ele ficar muito tempo, pois só temos uma piscina", explicou.

O filhote pode demorar de 4 a 5 anos para poder ser solto. "É difícil dizer quanto tempo vai demorar, pois vai depender da recuperação dele, da evolução. A reintrodução dele ao ambiente natural é um processo longo. O animal não é apenas solto, passa por um processo, até ele se adequar de volta ao ambiente. Como é algo que vai demorar muito tempo, ele vai para o Centro de Mamíferos Aquáticos em Pernambuco, pois eles possuem mais estrutura para poder ficar com o animal por muito tempo, o que nós não conseguimos aqui",  disse o biólogo.

Bruno Vinícius disse que a transferência do animal ainda está sendo viabilizada e é o Governo do Piauí que deve ficar responsável pelo transporte.

 

Bárbara Rodrigues
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