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Campeão Flamengo prioriza final do Carioca e leva virada na estreia da Libertadores

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O Flamengo iniciou a defesa do título da Copa Libertadores da pior maneira possível. Priorizando a final do Carioca diante do Fluminense, no domingo, Vítor Pereira escalou um time repleto de reservas na altitude de 2.850 metros de Quito e acabou levando a virada do modesto Aucas, por 2 a 1, no Estádio Chillogallo.

Foto - Marcelo Cortes - Flamengo

No fim, o time ainda teve de ouvir gritos de "olé" dos equatorianos.

O pequeno adversário vive sua primeira experiência na Libertadores. Foram outras cinco disputas na Copa Sul-Americana, na qual chegou à fase de grupos somente em 2021. Do mais, quedas nas eliminatórias.

O time é apenas o 12º colocado no Campeonato Equatoriano, o que mostra o tamanho da frustração da torcida carioca, vendo uma invencibilidade de 14 partidas fora de casa ruírem na competição.

De olho no segundo jogo das finais do estadual, Vítor Pereira optou por uma escalação bastante mexida no Equador, com Gabriel Barbosa, o Gabigol, como centroavante, ao lado de muitos reservas. 

Mesmo com vantagem de 2 a 0 do primeiro jogo, o português não quis correr riscos e poupou Varella, Léo Pereira, Ayrton, David Luiz, Gerson, Pedro e Everton Cebolinha, todos na reserva. Machucado, Arrascaeta foi substituído por Everton Ribeiro, de volta ao time titular após quatro partidas no banco

A bola rolou e o Flamengo foi logo levando um susto. O forte e grandalhão Cifuente saiu cara a cara e mandou para o alto. Estava impedido, mas o árbitro só impugnou o lance após a péssima finalização. O atacante apareceria novamente aos 7, em bomba de fora da área mais uma vez para as alturas.

Logo após, uma saída errada do lateral-direito Wesley quase custou caro. Otero, com passagens por Atlético-MG e Corinthians, recebeu livre na área e optou pelo passe. Mas não encontrou um companheiro, desperdiçando oportunidade de ouro.

O venezuelano ainda exigiu defesa complicada de Santos em batida de Santos. Em 10 minutos, o Flamengo apenas via o time equatoriano jogar.

As primeiras jogadas dos atuais campeões vieram em cobranças 'venenosas' de escanteio de marinho. Porém, sem finalizações.

O Flamengo, depois dos sustos iniciais, começou a valorizar mais a bola e a rondar mais a área. Em sua posição de origem, Gabigol teve a chance, em batida de esquerda. Mandou nas mãos de Galíndez.

O Flamengo cresceu na partida, dominava a posse de bola e já finalizava mais. Eis que uma jogada individual acabou surtindo efeito. O time abriu vantagem com uma pintura em Quito.

O jovem Matheus França recebeu na entrada da área, driblou dois marcadores e bateu de biquinho para mandar entre as pernas do goleiro. Superiores em campo, os cariocas foram ao descanso com tranquilidade.

Os equatorianos voltaram adiantados na etapa final. Além da altitude, a chuva se tornou um adversário a mais para o Flamengo, recuado para tentar administrar a vantagem mínima. Cifuente parou em Santos antes de Castillo empatar. O atacante cortou o zagueiro Pablo e bateu rasteiro para festa da torcida aos 11 minutos.

Vítor Pereira não gostou nada da volta da equipe e do gol sofrido e mandou três titulares a campo: Varella, Ayrton Lucas e Gerson. Queria reforçar a marcação e tentar frear a empolgação do Aucas, chegando a todo momento na frente de Santos.

As trocas nem bem surtiram efeito e Castillo voltou a comemorar em bobeira defensiva do Flamengo. O atacante passou como quis pelos zagueiros e bateu colocado. O VAR, porém, acabou anulando o gol ao flagrar uma falta em Varella na origem da jogada.

O domínio do Aucas na etapa final se transformou em vantagem no placar aos 39 minutos. Saída rápida de trás dos equatorianos e o lançamento de Cuero encontrou Ordóñez, livre.

O atacante deu um toque para encobrir o goleiro Santos, desesperado no lance após a defesa parar, e foi bastante festejado, com o time quase inteiro sobre ele na festa da virada.

Apenas na desvantagem que o Flamengo resolveu se impor, quanto já tinha bastante de seus titulares em campo. Gabigol parou em bela defesa de Galíndez, que ainda segurou o chute de fora da área de Gerson.

Os equatorianos tocaram a bola nos minutos finais, incentivando gritos de "olé" de sua torcida, e fizeram enorme festa com o gigante resultado em seu primeiro compromisso na competição continental.

Fonte: Estadão Conteúdo

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