O diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Teresina, Eliel dos Santos, fez um desabafo sobre os prejuízos que o trotes causam nos serviços públicos. Em entrevista ao Notícia da Manhã, Eliel dos Santos ressaltou que além de comprometer os atendimentos, os trotes desgastam os profissionais.

“O trote, por ser considerado crime ele acaba implicando negativamente pro serviço público, principalmente de urgência e emergência, pois ele desgasta as equipes, atrasa os atendimentos para aquelas situações que realmente são necessárias daquele atendimento então acaba aí trazendo mais pontos negativos do que positivo”, ressalta o diretor.

Os dados do SAMU divulgados neste último final de semana apontam que de janeiro até a primeira semana de abril deste ano, foram registrados apenas duas ligações caracterizadas como trote. Apesar de ser uma quantidade pequena, o ideal é que não haja nenhum.

Eliel dos Santos destaca ainda que as equipes realizam uma triagem no momento da ligação e quando há uma situação de trote, o tempo dos profissionais é comprometido com acidentes irreais.  

“Esse processo chega a ser um pouco lento porque a triagem é feita no momento ligação, então é buscado todas as informações, porém, às vezes, mesmo com essas informações, o atendimento chega ao local e às vezes identificamos que aquilo foi irreal, foi inventado, então nesse período todo o tempo é gasto, acaba resultado em um falso atendimento”, informa.

Atualmente, o diretor do Samu ressalta que o órgão possui um tempo de resposta de 10 a 15 minutos no atendimento de ocorrências.

“Nós temos um tempo de resposta bastante satisfatório, embora cada ocorrência tenha uma situação especifica, mas a nossa média de tempo de resposta tem variado de 10 a 15 minutos”, finaliza.

 

Rebeca Lima
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