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Pedro anota duas vezes e Flamengo bate o frágil Ñublense na estreia de Sampaoli

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Jorge Sampaoli chegou ao Flamengo depositando muitas fichas em Gabriel, em sua visão decisivo e matador. Até deu a faixa de capitão ao camisa 10. Mas coube ao artilheiro Pedro garantir uma estreia festiva do treinador no clube. 

Foto: Marcelo Cortes / CRF

O camisa 9 anotou os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o frágil Ñublense, que sequer chegou perto do gol de Santos no Maracanã. Novidade do técnico argentino, Marinho deu as duas assistências e ajudou o time a se recuperar na Libertadores após estreia com derrota na casa do Aucas.

Com os dois gols anotados nesta quarta-feira, Pedro também superou o ídolo Zico em bolas na rede pela competição. O camisa 9 agora tem 18 diante de 16 do eterno camisa 10, um a menos que Bruno Henrique e a 10 de Gabriel, isolado no topo.

Sampaoli voltou ao Brasil confiante em reerguer o Flamengo, onde sempre quis trabalhar. Sonho da diretoria, o treinador argentino de 63 anos, apaixonado pelo País onde nasceram seus dois filhos, precisou de somente dois treinos para mostrar como será sua equipe.

Marinho, destaque com ele no Santos, Vidal, seu comandado na seleção chilena, e Gerson, a quem dirigiu no Olympique de Marselha, apareceram na formação titular.

O esquema com três atacantes visava proteger o gol de Santos e, ao mesmo tempo, dar liberdade para a equipe ganhar mais peças na frente, com laterais (Marinho estava aberto na direita) livres para atacar.

Gabriel e Pedro estavam juntos mais uma vez após o camisa 9 ficar somente no banco contra o Coritiba e revelar descontentamento. Everton Cebolinha, Everton Ribeiro e Varella acabaram perdendo a vaga.

Ver o Flamengo mais perto da área o tempo todo é uma das metas de Sampaoli, que "jogava junto" com a equipe em seu estilo inquieto na beirada do gramado. O treinador quase celebrou o primeiro gol do time logo aos 7 minutos.

Gerson mandou para Pedro, que deu uma tapa de primeira e deixou o capitão Gabriel na cara de Pérez. O goleiro saiu arrojado e salvou os chilenos.

Mas não deu para o camisa 1 aos 14. Uma cobrança de Marinho da lateral foi desviada e acabou parando nas redes. Pedro saiu celebrando e acabou herdando o gol do árbitro e chegando a 17 pelo clube em Libertadores, superando o ídolo rubro-negro Zico.

Largar na frente rapidamente acabou importante para o Flamengo quebrar o esquema com cinco defensores dos visitantes. E bom para o "abafa" de Sampaoli aparecer.

Com jogadores pressionando sempre a saída de bola, por vezes houve a roubada. Pedro quase ampliou em uma delas. Até David Luiz aparecia dando combate no ataque. Restava, contudo, mais capricho no passe final.

Era jogo de um time só. Os chilenos, mal em sua competição caseira e estreantes na Libertadores, não conseguiam passar do meio. E novamente sofreram com o estilo Sampaoli.

Thiago Maia roubou a bola e deu para Marinho serviu Pedro. O camisa 9 se livrou da marcação e ampliou, exibindo o número 9 às costas para a torcida.

Satisfeito com o presenciado, Sampaoli manteve a escalação para a etapa final. Apenas com Gabriel mais centralizado. O camisa 10, acusando dores lombares, tentou deixar o seu de cara. Mandou para fora. E saiu de campo para receber massagem.

Aos 15 minutos, Sampaoli mostrou que pode variar o esquema rubro-negro ao trocar o 3-4-3 pelo 4-3-3 disposto a voltar a alta intensidade na equipe. Ele gesticulou bastante com Everton Ribeiro e Cebolinha para explicar o que queria. Ainda lançou o jovem Wesley.

Cebolinha teve duas boas oportunidades dentro da área. Em uma optou pelo passe para trás e errou. Na segunda, bateu para o alto.

Em jogo no qual o goleiro Santos foi mero espectador, o Flamengo ganhou, mostrou evolução, e poderia melhorar o saldo caso o gol de Everton Ribeiro fosse validado. Mas o árbitro acabou chamado do VAR e anulou anotando falta do meia na origem do lance.

Fonte: Estadão Conteúdo

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