Foto enviada ao Cidadeverde.com

O Jardim Botânico de Teresina completou mais de oito meses fechado devido à presença de um gato mourisco. O animal silvestre tem se alimentado de iguanas, pássaros, tejus, cobra, saguis e até gatos domésticos. Algumas armadilhas com iscas já foram instaladas no parque, mas o bicho não foi capturado. 

O veterinário da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Alexandre Clark, disse que a extensão do parque, com muitas árvores altas, é um dos fatores que dificulta a captura. O gato-mourisco é um animal de hábitos noturnos, pesa cerca 4 kg. 

"Ele é arisco demais e tem aquela grande quantidade de árvores de grande porte. Ele é muito esperto! é raro vê-lo. A armadilha ficou lá por mais de três meses", disse Clark que avalia que a maneira mais adequada de capturá-lo é com armadilhas. 

"Tranquilizante não é viável porque ele não deixa ninguém encostar. De longa distância seria necessário o rifle, mas o dardo que sai vai com muita força e pode machucá-lo. Esse equipamento é usado em grandes animais, como onça, leão, hipópotamo, tigre e outros. Em um gato-mourisco ia fraturá-lo. No Piauí não temos esse rifle, apenas uma pistola que chega entre 3 e 4 metros e a zarabatana que é usada em animais na jaula, mas que também não são adequados porque ele não deixa chegar perto. O jaguarundi é um animal muito esperto", disse o veterinário.

O secretário de Meio Ambiente de Teresina, Luís André, disse ao Cidadeverde.com que, mais uma vez, se reunirá com o Batalhão da Polícia Ambiental para buscar estratégias de captura do gato-mourisco. 

"Vamos ao Batalhão Ambiental para, com maior rapidez, ver a questão dos equipamentos suficientes para capturá-lo. Vamos buscar meios eficazes para capturá-lo", disse o secretário. 

Graciane Araújo
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