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Hábitos de vida cada vez mais sedentários, aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, distúrbios alimentares cada vez mais frequentes...muitas são as causas do diabetes, doença que atinge uma em cada 10 pessoas em idade adulta no Brasil. Neste dia 26 de junho, onde se celebra o Dia Nacional da Diabetes, especialistas alertam para os perigos da doença, mas afirmam que, com os cuidados adequados, é possível sim viver, conviver com a doença e minimizar seus efeitos.

De acordo com as informações do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, 16,5 milhões de pessoas convivem com a diabetes diariamente no Brasil, nos tornando o 5º país com mais casos da doença. Esses números tendem a aumentar, podendo ultrapassar a marca de 21 milhões de casos até 2030.

Segundo o médico endocrinologista Diego Montalvão, a diabetes, ao lado da hipertensão arterial, são os principais fatores de risco para problemas ligados a doenças cardiovasculares.

“Atualmente, no Brasil e no mundo, as doenças cardiovasculares, como o acidente vascular encefálico e o infarto agudo do miocárdio, são a principal causa de morte na população adulta. Desta forma, evitar e controlar o diabetes é evitar o risco de ser acometido por doenças cardiovasculares”, afirma o médico.

Diabetes e seus tipos

O diabetes é uma doença metabólica crônica que ocorre quando o indivíduo não consegue manter os níveis de açúcar do sangue dentro da normalidade. Ela é causada por dois mecanismos principais, como aponta o especialista.

“Um deles é a deficiência de insulina, hormônio este produzido no pâncreas e que tem como função controlar os níveis de glicose no organismo. O segundo é a chamada 'resistência à insulina', em que o paciente produz o hormônio, mas este não é capaz de controlar os níveis de açúcar devido, principalmente, ao excesso de peso do indivíduo”, aponta o especialista.

A doença também pode ser classificada em duas formas principais, sendo a diabetes "tipo 1", de cunho genético, e a "tipo 2", ligada aos hábitos de vida do paciente e responsável por aproximadamente 90% dos casos da doença.

"A diabetes tipo 1, que é uma doença com pouca influência dos hábitos de vida do indivíduo, o controle dos níveis de açúcar se dá obrigatoriamente pelo uso de insulina. Já a diabetes tipo 2 é a forma mais prevalente, o controle se dá principalmente por medicamentos em forma de comprimidos, por via oral", destaca.

Outra forma da doença, a diabetes gestacional, pode ocorrer durante a gravidez através da diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.

Tratamento e convívio com a doença

Infelizmente, ainda não há cura para essa doença. Porém, como afirma o médico Diego Montalvão, é totalmente possível viver bem e com qualidade de vida com esse diagnóstico usando os medicamentos certos, cuidando da alimentação e praticando exercícios físicos rotineiramente.

“É mito que a pessoa que convive com diabetes seja proibida de comer doces ou massa ou de beber bebida alcoólica. A gente costuma dizer que a pessoa pode comer ou beber praticamente o que quiser, contanto que seja de forma moderada e sem excessos. Todo hábito que melhore a qualidade de vida vai trazer benefícios duradouros para a pessoa que convive com diabetes”, pontua.

 

Da Redação
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