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Médico preso suspeito de matar morador de rua é solto após decisão judicial

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Atualizada às 16h30

O médico ortopedista A. M. B. preso suspeito do assassinato de um morador de rua, foi solto na tarde desta quarta-feira (02) após decisão judicial.  O mandado de prisão temporária, cumprido pela manhã, foi revogado e o médico agora aguardará o decorrer das investigações em liberdade. 

Pela nova decisão, ele não poderá se ausentar da comarca de Teresina e deve cumprir uma série de medidas cautelares. 

“Agora a tarde, tramitado o procedimento de comunicação, recebemos uma nova decisão judicial que o magistrado teria emitido no sentido de revogar a prisão temporária, com condições, após um pedido feito pela defesa. A decisão judicial chegou e demos cumprimento, mas a investigação continua tramitando aqui no DHPP”, informou o delegado Jorge Terceiro, responsável pelas investigações. 

O mandado de prisão foi cumprido por agentes do DHPP pela manhã, na clínica onde ele trabalha, no bairro Marquês, zona Norte de Teresina.  

O médico prestou depoimento e negou ter cometido o crime. Os advogados ingressaram com um pedido de revogação da prisão e o alvará de soltura foi expedido durante a tarde de hoje. 

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Matéria original 

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu nesta quarta-feira (2) um médico ortopedista suspeito do assassinato de um morador de rua. A informação foi confirmada pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta.

A investigação apontou que o médico teria matado o morador de rua - Francisco Eudes dos Santos Silva, vulgo Cabeludo - durante discussão porque ele quebrou o vidro do carro do médico para cometer um furto no dia 24 de abril de 2022 na praça João Luís Ferreira, no Centro de Teresina.

O médico foi preso em uma clínica onde trabalha, no bairro Marquês, zona Norte de Teresina.  O suspeito é proprietário de uma Land Rover.

 "Era uma noite chuvosa e os moradores de rua estavam todos num ponto de ônibus na rua Sete de Setembro, nas proximidades da Praça João Luiz Ferreira. O médico foi reconhecido por uma série de pessoas. Ele teria ofertado R$ 400 reais para que as pessoas apontassem quem era o Cabeludo. Ele deu uma volta, e voltou ofertando R$ 500. Ele identificou o cabeludo e atirou nele, diante de várias pessoas", relembrou o delegado. 

Cabeludo foi morto com dois tiros, um na perna e outro na cabeça. No momento do crime, o médico estava na companhia de outra pessoa no carro.

"Essa pessoa também está listada nos autos e vai ser indiciada pelo crime de homicídio, também. Pelo menos dez pessoas, em situação de rua, que presenciaram o crime foram ouvidas na investigação", disse o delegado.

A arma usada no crime não foi encontrada. O delegado Jorge Terceiro está presidindo o inquérito.

 

Tiago Melo, Adriana Magalhães e Breno Moreno
[email protected]

 

 

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