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Procissão das Sanfonas celebra 15 anos e atrai novas gerações

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A Procissão das Sanfonas reuniu músicos e admiradores do instrumento no Centro de Teresina nesta quarta-feira (2). Além de celebrar a memória dos 34 anos da morte de Luiz Gonzaga e o centenário de Carmélia Alves, rei e rainha do baião, respectivamente, o evento busca ampliar a divulgação sobre o instrumento e o ofício de sanfoneiro.

Wilson Seraine, um dos organizadores da procissão, que completa 15 anos em 2023, destaca a presença de um público cada vez mais diverso, com pessoas de diversas idades e de ambos os sexos. Além disso, cita a importância do evento para manter viva a tradição e incentivar novas gerações a conhecerem mais sobre o instrumento e o ritmo do 'gonzaguiano'.

“Temos muitas crianças aqui que daqui há dez anos vão ganhar dinheiro com a profissão da sanfona. Ficamos felizes porque um dos objetivos é alcançar os jovens. Também temos velhinhos, que tiraram o instrumento debaixo da cama, sacudiram a poeira e vieram, e muitas mulheres. Fizemos um rapa em todas as gerações, sexo e idades. Somos uma festa democrática”, frisou o organizador.

A concentração da procissão aconteceu em Catedral de Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva, onde foi celebrada uma missa, com a bênção das sanfonas. O percurso seguiu pelo calçadão da Rua Simplício Mendes, no centro comercial, até chegar ao Museu do Piauí, na Praça da Bandeira, onde os músicos participaram de uma apresentação.

O jovem Igor Silva, de 13 anos, é um dos sanfoneiros da procissão. Ele conta que o amor pelo instrumento, que toca desde os seis anos, começou com o pai. “Ele tocava, mas sempre achei a sanfona um instrumento muito lindo. Participo a muito tempo da procissão das sanfonas, desde pequeno. É um evento ótimo”, disse o adolescente.

Pai de Igor, Ivan Silva tem uma escolinha em casa onde dá aulas de sanfona. Além do primogênito, o filho caçula, de 11 anos, também iniciou os primeiros acordes. “A semana toda é o som da sanfona. Quando não tem aula, estou lá estudando. Eles nasceram nesse ambiente. Na festa de família só a gente já anima festa”, brincou.

Com os filhos encaminhados na música, Ivan lembra como começou sua história com a sanfona. “Na verdade o instrumento que me escolheu. Sou daqueles sanfoneiros de interior, da tradição do reisado. Isso me despertou a sonoridade. Meu irmão comprou uma sanfona pra ele, eu pegava escondido e fui descobrindo o som. Até hoje tudo que tenho e adquiri, foi através da sanfona”, enfatiza.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Benção das sanfonas

Ao som de “Ave Maria Sertaneja”, um clássico de Luiz Gonzaga em que rei do baião enaltece umas das principais características do povo nordestino que é fé, os sanfoneiros entraram na Catedral de Nossa Senhora das Dores para a benção do instrumento.

“A música de vocês nos eleva. Aquilo que nos sacerdotes fazemos no altar, vocês também fazem através do instrumento de vocês. Devolvem esperança. Quanto mais eu me elevo, mais os meus pés fincam no chão, pois somos dessa terra e dessa cultura”, discursou o padre Antônio Cruz ao dar a benção aos participantes da celebração.

 

 

Breno Moreno
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