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Emagrecer sem sofrer: o que a matemática ensina sobre a perda de peso

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Foto: Freepik

 

O desenrolar da vida é feito cálculo matemático: com o passar dos anos, aumentam os dígitos da idade e do peso na balança. Se quando um bebê nasce, os gramas a mais, mês a mês, validam o crescimento saudável, na vida adulta é a manutenção do peso que revela a estabilidade da rotina alimentar – um dos itens fundamentais para a saúde.  

Equilíbrio alcançado por meio de um aliado que vem para somar: o exercício físico. Isso porque quando o consumo calórico é maior que o gasto energético, a conta não fecha e o resultado é o ganho de peso. “Tratar a causa que está fazendo você gastar menos e comer mais é a forma mais eficiente para você conseguir emagrecer”, sintetiza a nutricionista Adriana Fanaro. 


Matematicamente falando 

Se nas ciências exatas, “menos com menos é mais”, numa referência à regra dos sinais, na vida real, menos com menos é menos.  

A lógica de comer menos e gastar menos não tem saldo positivo no peso corporal. Pelo contrário, segundo Adriana, a tendência é que o corte na alimentação e a falta de atividade física tenham um reflexo ainda mais negativo no organismo.  

“Se consigo comer menos e gastar menos ainda, o metabolismo fica cada vez menos responsivo. Ou seja, ele responde cada vez menos aos estímulos. Você tem que fazer justamente o contrário”, orienta a professora do PRIME.  

A explicação está ligada à diminuição do ritmo do metabolismo que é impactada pelo envelhecimento, demandando disciplina para a manutenção de uma rotina saudável.


Mudar é preciso  

E não é fácil. A explicação para a resistência inicial é a passagem pelos cinco estágios da mudança – que, de acordo com Adriana, precisam ser sequenciais.

-Pré-contemplação: fase em que se nega o problema, reforçando a ideia de que “sou assim mesmo”. Nesse estágio, a busca pela mudança parte de estímulos externos, como o incentivo de amigos ou familiares.  

-Contemplação: momento em que a vontade de mudar é negociada com a sensação de medo e insegurança. Aqui, entra a análise entre vantagens e desvantagens da mudança.  

-Preparação: depois de tomada a decisão, nesse estágio se desenrola o planejamento estratégico que regerá a mudança. A recomendação é tornar pública a intenção de mudar, a fim de que isso se torne um estímulo extra.  

-Ação: a hora da mudança! A intenção passa para a ação e começa a parte do plano que demanda dedicação, auto observação e autoavaliação para eventuais ajustes no planejamento inicial. 

-Manutenção: a mais desafiadora das fases, exige constância e determinação. Para manter o foco, o ideal é manter em mente os ganhos conquistados até então e não exagerar na autocobrança. Vale lembrar: um passo por vez, passo a passo, em direção à vida que se quer.  


Chegar ao último estágio e permanecer nele pode soar desafiador, mas manter os benefícios da mudança de estilo de vida em mente é a forma de permanecer na vida saudável.  

A especialista lembra ainda que emagrecer não precisa ser sinônimo de sofrimento. Para isso, é preciso estar atento à relação matemática básica quando o assunto é ganho ou perda de peso: quem come mais precisa gastar mais.

"Comer menos e gastar menos é uma cilada com danos ao metabolismo. A conta é simples e pode demandar mudanças de hábitos. Ao alcançar a mudança, o foco deve permanecer nas vantagens conquistadas na nova vida – na qual os dígitos na balança serão apenas um detalhe perto das funcionalidades de um corpo ativo e bem nutrido", finaliza. 

 


Da Redação
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