Cidadeverde.com

Jogadoras do Brasil homenageiam Walewska antes de derrota no pré-Olímpico

Imprimir

Foto: Divulgação/FIVB

Em luto pela morte de Walewska, que faleceu na quinta (21), aos 43 anos, em São Paulo, a seleção brasileira feminina de vôlei perdeu para a Turquia, por três sets a zero, na madrugada desta sexta (22), pelo Pré-Olímpico.

As jogadoras da seleção brasileira entraram em quadra de mãos dadas puxadas pela capitã Gabi Guimarães.

Todas as atletas do Brasil usaram uma faixa com "W #1", em referência à inicial do nome da ex-jogadora e o número utilizado por ela na seleção brasileira e nos clubes.

Durante o protocolo inicial da partida, 30 segundos de silêncio foram respeitados no ginásio, em Tóquio. A homenagem aconteceu ainda antes da execução dos hinos nacionais.

Zé Roberto lamenta morte de Walewska: 'Ficamos sem chão'

O técnico José Roberto Guimarães lamentou a morte de Walewska, ex-atleta da seleção brasileira de vôlei, que morreu na quinta (21). Horas após a confirmação da morte dela, o treinador comandou o Brasil na derrota para Turquia, no Pré-Olímpico.

"É um momento de muita tristeza e dificuldade para todo mundo. Conhecendo a Walewska como nós conhecíamos, enfim, foi um exemplo de dedicação, comprometimento, de tudo de bom que uma jogadora e uma pessoa pode ter. Sempre se cuidou muito, ajudou o time, tentou fazer tudo certo e da melhor maneira possível desde muito pequena. Jogou com várias dessas jogadoras, ficamos sem chão para entender as coisas. É difícil falar sobre isso, abalou todo mundo", disse José Roberto Guimarães ao Sportv.

O que mais ele disse?

Legado: "Sabe aquela atleta que todo técnico gostaria de ter? De disciplina, comprometimento, foco, preocupação com as outras jogadoras do time, com ela em fazer os fundamentos da melhor maneira possível, tudo convergir para o time, em prol do time. Ela deixou um legado na vida dela, um dos maiores exemplos que eu já vi e pude vivenciar com ela em todos os momentos em que estivemos juntos no clube e na seleção".

Como seleção soube da morte: "É um momento muito difícil, muito complicado. Estávamos indo para o [estudo de] vídeo quando chegou a notícia. Não sabíamos ainda exatamente, ficamos numa situação e preferimos, naquele momento de estudar a Turquia, não falar absolutamente nada, que não era o momento, até a gente entender um pouco o que estava acontecendo. Fomos para o almoço, viemos para cá e, um pouco antes do jogo, é que falamos sobre o que tinha acontecido. Colocamos tarja, enfim..."

O que disse às jogadoras: "É deixar passar esse momento, esse jogo, conversar com o grupo sobre essa situação. Está todo mundo muito triste com o que aconteceu, com a perda da Walewska e do jogo. O que eu disse foi que conheci a Walewska e sei que se ela estivesse aqui, ela pediria para todo mundo jogar por ela. Foi isso que tentamos fazer, foi por isso que elas correram e só temos que lamentar e rezar muito para que ela esteja no melhor lugar possível".

Visita antes de viagem da seleção para Pré-Olímpico: "Ela foi lá, conversou com a gente, levou chocolate... Depois, no final, eu falei um pouco da presença dela e do significado dela para o vôlei brasileiro, tudo o que ela fez, realizou, o legado que deixou como atleta e como pessoa".

Bernadinho lamenta morte de Walewska e se diz 'sem palavras'

Ex-técnico de Walewska e atual coordenador da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho lamentou a morte da ex-atleta em suas redes sociais. Ela morreu na noite de quinta (21), aos 43 anos, em São Paulo.

"Sem palavras para descrever a tristeza com a partida da querida Wal. Conheci menina e a vi se tornar uma mulher incrível, uma jovem aspirante que se tornou uma supercampeã. Amiga das amigas, líder, uma energia enorme, um sorriso cativante e um abraço acolhedor. Descanse em paz, querida Walewska", disse Bernardinho, em sua conta no Instagram.

Bernardinho e Walewska trabalharam juntos ao longo da década de 90. O treinador comandou a jogadora durante sua passagem pelo Rexona/Curitiba.

Ele também foi o técnico responsável pela primeira convocação da atleta para a seleção brasileira, em 1997. Juntos, eles foram campeões do Pan-Americano de 1999, no Canadá, e bronze nas Olimpíadas de Sydney, em 2000.

Em entrevista gravada ao podcast do "Canal Ataque Defesa", do jornalista e ex-atleta Alexandre Oliveira, que foi ao ar ontem (21), horas antes da morte dela ser confirmada, ela falou sobre Bernardinho.

Na homenagem feita à ex-atleta após a morte, o treinador compartilhou o trecho do vídeo onde ela falava sobre a confiança que ele tem nos seus atletas. "E como eu acreditei em você, Wal. E como você se dedicou e quanto você alcançou", escreveu Bernardinho.

 

Fonte: Folhapress 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais