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Seminário debate enfrentamento ao tráfico humano e lança cartilha

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Entidades realizam na manhã desta quarta-feira (27), no edifício Paulo IV, na Avenida Frei Serafim, um seminário de enfrentamento ao tráfico de pessoas. O evento inicia às 8h. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, a coordenadora Nordeste da rede Um Grito Pela Vida, irmã Denise Morra, explica que o tráfico humano está vinculado à diversos crimes e que o assunto precisa ser debatido.  

“A importância desse seminário, primeiro porque o tráfico de pessoas ou tráfico humano é interligado a várias formas de abuso. Está ligado a questão do abuso sexual, está ligado infelizmente ao transplante de órgãos em que a gente tem que fazer isso de forma legal e muitas vezes não acontece assim, ao trabalho análogo a escravidão e também a mercantilização da vida”, explicou a coordenadora. 

No seminário também será lançada uma cartilha com alguns passos para identificar esse tipo de crime e evitar a cooptação de vítimas. 

“Nós estamos lançado uma cartilha feita por várias mãos, principalmente com a participação da rede Um grito pela Vida, da Comissão Episcopal Latino-Americana e Italiana e com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Essa cartilha dá alguns passos, é uma cartilha bem didática que os bispos e nós religiosos do Brasil junto com os leigos, estamos preocupados no sentido de desmistificar esse crime do Século XXI que move mais de 50 milhões de pessoas e é o terceiro potencial ilegal de dinheiro no mundo”, acrescentou Denise Morra. 

Além disso, o evento contará com a presença de diversos órgãos públicos federais e de segurança pública com a apresentação de dados e alertas à sociedade. 

“A cooptação de pessoas se dá geralmente pelo econômico, a pessoa tem um sonho e não tem dinheiro para realizar, então sempre o tráfico é uma propaganda enganosa. As lideranças dentro da igreja ou dentro das associações de moradores, de qualquer espaço, tem que ficar atento toda vez que é proposto alguma coisa muito ilusório, mas que a pessoa está com muita sede de realizar. Aqui no Piauí, por exemplo, trabalho em São Paulo, trabalho no Sudeste, trabalho no Norte que vai ganhar mais dinheiro que aqui com mais facilidade, é propaganda enganosa”, ressaltou a coordenadora.  

 

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