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Após quatro meses sem trabalhar, motoboy recupera celular e volta às ruas

Fotos: Renato Andrade / Cidadeverde.com

Por Adriana Magalhães

Durante todo o dia de hoje (03), a Superintendência de Operações Especiais (SOI), da Polícia Civil do Piauí, realiza a devolução de aparelhos celulares furtados ou roubados no Piauí.

Essa é a segunda ação de restituição de aparelhos feitas pela SOI. 

Na sede da Secretaria de Segurança encontramos Kelvys Igor, que trabalha em um hospital da rede particular e faz bicos como motorista de aplicativo nas horas vagas.

"Comprei um celular parcelado em 12 vezes. Com três meses de uso fui roubado. Estou sem celular e sem poder trabalhar há quase quatro meses e pagando o parcelamento do celular que me levaram. Agora ele voltou para a minha mão", disse Kelvys com um sorriso no rosto enquanto acariciava o aparelho.

Kelvys relembra que no dia do crime foi deixar um passageiro no bairro Planalto Uruguai, na zona Leste de Teresina, e que foi roubado e ameaçado com uma arma após deixar o cliente em casa, e fala sobre a sensação de Segurança que fica agora.

"Ter meu celular de volta é maravilhoso, porque tenho a sensação que estamos mais seguros, e que a Segurança está fazendo efeito. Acho que eles vão deixar de roubar porque não está tendo mais lucro para eles, os aparelhos estão voltando para a nossa mão", finalizou o jovem.

Segundo o delegado Matheus Zanatta, superintendente da SOI, essa é a maior devolução de celulares roubados ou furtados aos seus legítimos donos em todo o Brasil.

"Em agosto devolvemos cerca de 300 aparelhos, agora disponibilizando 500 aparelhos. As duas operações de devolução de aparelhos são apenas o marco, mas neste período seguimos devolvendo aparelhos, diariamente. No acumulado já devolvemos mais de mil celulares aos seus legítimos donos", analisa Zanatta.

Até agora, a SOI já emitiu 2700 intimações a pessoas que registraram boletim de ocorrência, a meta da Secretaria de Segurança é emitir 20 mil intimações.

"Temos muito trabalho ainda pela frente. Nosso esforço está balizado em três vertentes, na realização de blitz; de operações como a Interditados; e de intimações de pessoas, tanto as que estão de posse de aparelhos com restrição de roubo e furto, tanto para devolver os celulares aos seus donos", explicou o superintende da SOI.

Na entrada da sede da Secretaria de Segurança encontramos Gabrielle Silva Rocha, 24 anos, que estava num misto de alegria e nervosismo. Gabrielle foi resgatar um aparelho que lhe foi roubado no ano passado, na hamburgueria em que ela trabalhava, na zona Norte de Teresina.

"Na noite do roubo, eu estava na hamburgueria com outro funcionário. Eles vieram armados, colocaram o revólver na minha cabeça e levaram os nossos celulares."

Gabrielle registrou a ocorrência da Polícia e agora foi chamada para reaver o seu aparelho.

Já a dona de casa Tânia Maria foi roubada na porta de casa, no bairro Alto da Ressurreição. Ela conta que foi abordada por dois homens em uma moto. Os vizinhos perceberam que seria um assalto e correram para dentro de casa. Tânia Maria é cadeirante e não teve tempo para se proteger.

"Eles me viram nessa condição e me roubaram. Outros vizinhos perceberam a aproximação deles e conseguiram correr para dentro de casa e escapar do roubo. Eu tentei proteger o aparelho, joguei ele dentro de casa, ele foi parar embaixo do sofá, mas o rapaz gritou comigo e entrou para pegar meu aparelho."

Tânia também relembra que sua família já perdeu três aparelhos celulares em condições semelhantes.

"Os outros dois celulares que estavam no meu nome foram tomados da minha filha e do meu esposo, mas como eu não registrei boletim de ocorrência nunca vão me procurar para devolver", lamenta a dona de casa.

O estudante Victor Daniel foi resgatar seu celular na companhia do pai, o fotografo Benonias Cardoso. O estudante lembra, exatamente, o dia em que teve o seu celular roubado no Centro de Teresina.

"Foi no dia 12 de dezembro do ano passado. Eu estava num ponto de ônibus na Avenida Maranhão esperando um coletivo para Timon, onde moro. Quando vi que o ônibus não ia mais passar, peguei o celular do bolso para pedir um carro por aplicativo, o rapaz passou de bicicleta e levou meu aparelho. Eu não consegui nem reagir", relembra o estudante.

Sem celular e sem ônibus, Victor Daniel foi caminhando até o Distrito Policial, na Praça Saraiva.

"Lá no distrito eu registrei o boletim de ocorrência e pedi ao policial o celular dele emprestado para ligar para o meu pai. Meu pai chegou chorando muito. Nunca vou esquecer".

Agora pai e filho têm estampado no rosto um sorriso.

"Esta ação do Governo do Estado e da Secretaria de Segurança é muito importante. Torço para que continue fazendo essas blitzes e operações para fortalecer a confiança do cidadão nas instituições. Isso é muito bom e faz com que acreditemos mais nestas políticas públicas. É um trabalho muito bacana e nossa família teve um resultado muito positivo disso tudo", finalizou o fotografo.

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