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Estudante de medicina de Parnaíba deve ser indiciado por lesão corporal grave e homofobia

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Foto: Arquivo

Por Adriana Magalhães

O estudante de medicina que agrediu um casal num restaurante em Parnaíba deve ser indiciado por lesão corporal grave e homofobia. O Cidadeverde.com apurou que uma das vítimas sofreu uma fratura no cotovelo, além de estirão no tendão, e deverá ficar afastada do trabalho por 60 dias.

O crime ocorreu na última sexta-feira (29), por volta da meia-noite e meia, em um bar bastante frequentado no litoral do Piauí.

Segundo relato das vítimas e das testemunhas ouvidas pela Polícia, o estudante de medicina dirigiu comentários homofóbicos contra um casal.

"Uma das vítimas foi agredida com um soco no rosto. Ele caiu no chão e ficou desorientado por alguns segundos. O segurança do bar conseguiu controlar o agressor. O segurança agiu bem, agiu em legítima defesa de terceiros", explicou o delegado Ayslan Magalhães, que está presidindo o inquérito na Delegacia Seccional de Parnaíba. Ele disse que vai esperar o prazo de 30 dias para tipificar melhor a lesão da vítima e suas consequências.

"Já ouvimos cerca de seis pessoas. Foram ouvidas as vítimas, o suposto agressor e testemunhas que presenciaram o fato", afirmou o delegado.

O agressor, também, registrou um Boletim de Ocorrência contra as vítimas. "O suporto autor foi ouvido e, também, registrou um boletim de ocorrência onde ele tentou imputar uma lesão sofrida por ele a uma das vítimas. Mas na análise das imagens vimos que não existe a hipótese em que uma das vítimas tenha agredido o estudante de medicina", disse o delegado.

O delegado lembra que a homofobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "A homofobia foi, recentemente, equiparada ao crime de racismo. O Supremo Tribunal Federal decidiu equiparar a homofobia ao crime de injúria racial. É um crime de grande gravidade social, e agora jurídica, com pena de reclusão de 2 a 5 anos", lembra o delegado Ayslan.

A Polícia tem agora 30 dias para encerrar o inquérito. "Já foram ouvidas as testemunhas do caso e agora vamos analisar melhor os vídeos, para ver o que aconteceu dentro e fora do bar", concluiu.

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