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Lavrador denuncia comandante do GPM de Monsenhor Gil por ameaças: 'estou com medo'

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O lavrador Gerson da Silva Rodrigues, de 46 anos, registrou uma denúncia na Corregedoria contra o comandante do Grupamento da Polícia Militar (GPM) de Monsenhor Gil, Lindon Jonson, por ameaças. Ele afirmou que teme pela sua vida e da sua família. A denúncia foi registrada na última sexta-feira (06), na Corregedoria da Polícia Militar em Teresina.

O Cidadeverde.com entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar e aguarda resposta. 

Segundo o lavrador, as ameaças começaram após um problema envolvendo o tio do policial e o lavrador.

"No mês de março, eu trabalhei em uma propriedade que um patrão comprou, e lá tinha alguns arames velhos. O patrão pediu para eu procurar o dono do arame para ele tirar o material de lá. O dono desse arame é o tio do policial. Eu falei com esse senhor sobre pegar esse material, mas ele disse para eu oferecer por R$ 1 mil para meu patrão, só que meu patrão não quis porque o arame já estava velho e estava muito caro. Pintou uma oportunidade de trabalho em Teresina e eu fui. Eu avisei para ele que o arame ficou lá, mas o material acabou sendo furtado, e então ele começou a me cobrar. Eu tenho uma filha de 10 anos que é especial, tenho outra filha de 16 anos, e também cuido da minha mãe de 87 anos, então eu não tinha como arcar com todo o valor. Eu disse que poderia pagar só uma parte, mas ele não aceitou e disse que eu iria receber uma visita em casa", afirmou.

Segundo o lavrador, o sobrinho do dono do arame é o comandante da Polícia Militar em Monsenhor Gil, que acabou indo na última quarta-feira (4) na residência dele para cobrar os valores. Ele denunciou que o policial agiu de forma inapropriada, estava fardado e com a viatura da PM.

"Na quarta-feira, por volta das 20h40, ele entrou na minha casa, dizendo que era sobrinho desse homem e que eu teria que pagar essa conta. Eu trabalho com roça, e nesse período eu também faço produção de cajuína, e ele viu que tinha algumas lá em casa e me disse para vender as cajuínas para pagar o tio dele. Só que eu expliquei que é o meu sustento, que eu tenho uma filha especial para cuidar, tenho minha família, mas ele disse que se eu não arrumasse o dinheiro, ele não iria mais conversar comigo. Depois ele saiu, e minhas filhas estavam na calçada, ele foi em uma árvore e mijou. Elas não viram porque logo saíram quando ele foi para a árvore, mas isso não se faz", relatou.

Na sexta-feira, 6 de outubro, ele acabou registrando uma ocorrência na Corregedoria da Polícia Militar e foi orientado a informar se ocorresse mais algum problema. No domingo, 8 de outubro, o lavrador afirmou que foi novamente ameaçado.

"Eu estava na motocicleta, saindo para levar cajuínas para vender e comprar fraldas para a minha filha, quando ele apareceu na viatura. Ele estava fardado e tinha outra pessoa na viatura, que não estava fardada. Ele então puxou a tira do capacete do pescoço e disse que eu iria pagar o que estava devendo. Só que minha família acabou saindo para fora de casa, e então ele foi embora, depois disso", disse Gerson Rodrigues.

Ele afirmou que nesta segunda-feira, 9 de outubro, vai registrar um Boletim de Ocorrência contra o policial na delegacia de Monsenhor Gil. O lavrador afirmou que está com medo do que pode acontecer com a sua família.

"Ele está cobrando de forma errada, está indo na minha casa de viatura. Eu tenho muito medo, ele continua me ameaçando, me intimidando, e eu jamais imaginaria que um policial iria fazer isso com um cidadão. Eu só quero a minha segurança, por isso vou pedir uma medida protetiva, porque eu estou com medo, eu nunca passei por algo assim, nem a minha família, estamos muito assustados", declarou.

 

Da Redação

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