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Desembargador do TJ diz que juiz não é sacerdote e que pode se relacionar com autoridades

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 Por Yala Sena

Ao empossar os novos juízes, o desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ), Manoel de Sousa Dourado, afirmou nesta segunda-feira (13) que magistrado não é um “sacerdócio” e deu conselhos aos novos profissionais. Em seu discurso de boas-vindas, Manoel Dourado defendeu que os juízes não devem temer se relacionar com autoridades.    

“É só trabalhar com seriedade. É só trabalhar com dignidade. Olhar quem está ao seu redor, sejam administradores. Não tenham receio de se relacionar com autoridades, a parte política, administrativa do juiz deve ser exercida. Se você é titular de uma comarca deve se relacionar bem com outros poder, agora cada um no seu quadrante”, disse Manoel Dourado.

O vice-presidente do TJ, garantiu ainda que no tribunal não existe divisões e que o cargo é uma “missão” e não “sacerdócio”.  

“Eu sou de uma geração que os colegas adoravam dizer que magistratura é um sacerdócio, sacerdócio coisa nenhuma. Sacerdócio é para quem prega lá como sacerdote, nós somos é servidores e temos uma missão”.

Segundo o desembargador, os juízes têm que honrar a toga. “Você é que tem que honrar o cargo”. Para o Manoel Dourado, o cargo de juiz precisa ser visto como uma “casa de passagem” para melhorar o TJ e os servidores. 

De acordo com ele, o juiz do Piauí tem que ter orgulho do que faz. 

Foto: Márcio Sales/Cidadeverde.com

Desembargador Manoel Dourado do TJ/PI

“Não devemos nada a ninguém. É pra encher o peito, não é pra miar dizendo que juiz do estado do Piauí. Colocou para discussão estou junto, colocou provocação estou dando minha contribuição”. 

Novos juízes para combater a criminalidade

O presidente do Tribunal de Justiça, Hilo de Almeida, informou que os novos juízes vão ajudar no plano de combate à criminalidade no estado. Mais de 16 juízes já foram nomeados este ano. 

Neste terça-feira (14), o TJ irá inaugurar a Central de Inquérito na cidade de Parnaíba que será composto por novos magistrados. 
Na posse dos juízes, Hilo de Almeida ressaltou característica de um magistrado. 

“Não basta o preparo intelectual, é necessário outros atributos como o preparo ético, moral, o emocional e o espiritual. Quem não tem humildade não tem gratidão”. 

Segundo o presidente, nos últimos 10 anos, o TJ passou  por ciclo de crescimento conseguindo prêmio como selo prata no CNJ e primeiro lugar no ranking da transparência. Este ano, há possibilidade de receber o prêmio selo ouro.

Justo Acesso

O presidente disse que o CNJ está recomendando o projeto “Justo Acesso” para os outros estados. “É um programa fantástico que estamos desenvolvendo aqui aponto do CNJ vir aqui e olhar nosso projeto e recomendar para o Brasil inteiro”. 

Ele disse ainda que o TJ está evoluindo na regularização fundiária e a questão da criminalidade. “Os juízes estão vindo por conta da reforma que estamos fazendo. Vamos utilizar a mão de obra dos juízes principalmente na área criminal”, disse. 

 

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