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Piauí lança megaprojeto de hidrogênio verde e quer liderar produção do “combustível do futuro”

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Por Yala Sena

O governo do estado e as empresas Green Energy Park e Solatio lançaram a pedra fundamental do projeto que promete ser a maior produção de hidrogênio verde (H2V) do mundo. A proposta é construir um parque para a produção do “combustível do futuro” e abastecer o mercado europeu e brasileiro. 

O lançamento contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, do governador Rafael Fonteles e diversas autoridades. 

As duas empresas, segundo o governo, vão investir nos próximos 10 anos cerca de R$ 200 bilhões no projeto. Com investimentos de grupos europeus, o Piauí quer liderar o debate sobre energias limpas e ser um celeiro de estudos sobre hidrogênio verde e amônia. 

Hidrogênio Verde

O hidrogênio verde é produzido através da eletrólise da água (é um processo de separação dos gases que compõe a molécula de água (H2O) que é hidrogênio e oxigênio através de corrente elétrica). 

É um combustível inodoro, atóxico, incolor, inflamável, leve e muito reativo. 

O hidrogênio verde pode ser usado diretamente como combustível, além de servir como matéria-prima para a síntese de outros produtos como por exemplo amônia verde, aço e metanol. 

As fontes de energia para a produção do H2V devem ser limpas e renováveis (solar, eólica, biomassa entre outras).

As mudanças climáticas impõem uma transição energética com a redução do combustível fósseis e o megaprojeto nasce em um ambiente bastante viável, segundo o presidente da Investe, Victor Hugo. 

Segundo ele, a primeira etapa do projeto deverá iniciar suas operações em fevereiro de 2027. Ao todo, estão previstos 20 mil megawatts (MW) de potência. O projeto pleno estará em funcionamento em 2035.

Victor Hugo explicou que o hidrogênio verde produzido no Piauí será transformado em amônia.  

“Uma parte da amônia será exportado para Europa e  a outra será trabalhada aqui na cadeia do agro para os fertilizantes nitrogenados” detalha. 

Segundo o presidente da Investe, o modelo do Piauí usará água doce, diferente do Ceará. 

“Usará água dos nossos rios e do lençol freático.  Somos o terceiro lençol freático do Brasil e isso foi decisivo para o Piauí ter essa posição de liderança a frente dos outros estados. Temos sol, vento, terra e água em abundância. Faltava um Porto e agora teremos um. O hidrogênio vem de água potável e não tem rejeitos e por isso que é 100% limpa”, disse Victor Hugo. 

 

Caminho sem volta

Segundo o presidente da Investe, o megaprojeto ajudará no processo de descarbonização. 

“Temos várias companhias que têm metas ousadas como a Vale do Rio Doce de descarbonização. O setor da mineração corresponde a quase 11% da emissão de CO2 no mundo. Para se ter uma ideia, se a Vale for descarbonizar 100% da sua produção do trabalho, ela teria que contratar 18 gigawatts de hidrogênio verde, isso é quase 90% do projeto do Piauí que é o maior do mundo. É um caminho sem volta porque todo setor estará descarbonizando”.

A Green Energy Park é croata e a Solatio, com raízes ibéricas, tornou-se desenvolvedora de grandes projetos fotovoltaicos da América Latina.

A produção de hidrogênio verde será exportada pelo porto de Luís Correia até o porto de Krk, na Croácia, de onde partirá para abastecer indústrias no sudeste da Europa.

As negociações para instalação dos projetos de hidrogênio verde foram conduzidas pessoalmente pelo governador Rafael Fonteles, que realizou sete missões internacionais este ano para mostrar aos investidores estrangeiros o potencial do Piauí e as vantagens comparativas do estado para a produção do H2V e derivados, como a amônia verde.

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