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Concessionária da Piauí Conectado é investigada pela Polícia Civil por bloquear banco de dados

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Foto: Arquivo Cidadeverde.com

Por Caroline Oliveira

Após decreto de intervenção por parte do governo do estado na Piauí Conectado, proprietários e diretores do grupo HPAR Participações Ltda passam a ser alvo de uma investigação da Polícia Civil por suposto crime de informática, já que estariam supostamente dificultando a ação da gestão pública junto à empresa.

 A HPAR foi o grupo que ganhou a licitação da parceria público-privada, ainda em 2018 e criou a Piauí Conectado com o objetivo de fornecer internet para todos os municípios do estado com alta velocidade e a preços baixos. A concessão seria de 30 anos e foi instalada em 2019.

 A investigação é realizada pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, em caráter especial, segundo apurou o Cidadeverde.com.  

O governo do estado decretou uma intervenção na empresa, no último dia 5 de dezembro, após fiscais identificarem supostas irregularidades na gestão da concessionária, que incluem o fornecimento de informações sobre os serviços e a suspeita de realização de subcontratações superfaturadas com outras empresas vinculadas ao grupo HPAR.

 A assessoria da HPAR reforçou que a empresa “cumpre rigorosamente a decisão judicial e já adotou as medidas cabíveis para reverter o que entende ser uma atitude arbitrária do governo do estado do Piauí”.

 O Cidadeverde.com apurou que em 13 dias de intervenção, a equipe não conseguiu ter acesso ao datacenter na sede da Piauí Conectado e que teria sido fechado remotamente e informações sobre os projetos, documentos, contratos e o banco de dados estão sendo obstruídos. O que estaria atrapalhando a auditoria que a comissão de intervenção tenta fazer e prejudicando o funcionamento da empresa.

 Os policiais estiveram na empresa esta semana para iniciar as investigações e vão apurar se os sistemas estão sendo acessados de forma remota para tomarem controle do backbone da estrutura de fibra ótica do Piauí.

Sobre as investigações policiais, “a empresa não teve acesso ao inquérito e, portanto, não pode se manifestar a respeito”, informu a assessoria de imprensa do grupo HPAR.

 Caso comprovadas, as ações se enquadram em crimes de invasão de dispositivo informático qualificada, interrupção de serviço telemático ou de informação de utilidade pública e associação criminosa, com penas de até 11 anos de prisão e multa.

 O que diz a HPAR

Em nota, a HPAR informa que “cumpriu todas as suas obrigações contratuais, como atestam os relatórios do órgão medidor independente responsável (Houer Consultoria e Concessões) pela verificação do cumprimento do contrato”.

 

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