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A audiência de instrução e julgamento do empresário Eliésio Marinho da Silva, acusado de assassinar a esposa Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, ocorre nesta terça-feira (23), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, localizado no Fórum de Teresina.
A sessão é presidida pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal. Estavam de forma online o promotor do Ministério Público Nielson Silva Mendes Lima, os advogados da família e do acusado.
Apenas o pai de Kamila Carvalho, Mauricio Nascimento e a irmã da vítima compareceram de forma presencial, mas preferiram não falar com a imprensa. Durante a audiência serão ouvidas as testemunhas e o acusado.
Após a audiência, a juíza terá alguns dias para poder decidir se o empresário será julgado ou não pelo Tribunal do Júri.
O crime
O caso aconteceu no dia 20 de outubro de 2023 na casa onde a família morava na Avenida Campo Maior, no bairro Aeroporto, zona Norte de Teresina. Na ocasião, Eliésio afirmou que Kamila teria tirado a própria vida na presença dele e da filha do casal.
Durante a investigação realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a perícia do crime apontou que uma faca foi colocada na mão de Kamila após o crime, que o disparo não poderia ter sido feito por ela mesma e que a posição do corpo da vítima foi alterada após a morte.
“A faca, nas condições em que ela foi encontrada, jamais poderia estar sendo empunhada pela vítima no momento em que teria atirado em si própria. Tudo indica que ela foi colocada após o óbito da vítima. Fora que, tinha evidência em que o corpo foi manipulado, isso foi constatado através da análise das manchas de sangue, que eram incompatíveis com a posição em que o corpo foi encontrado”, disse a delegada Nathalia Figueiredo, do núcleo de Feminicídio do DHPP.
Eliésio Marinho foi preso no dia 23 de outubro quando foi prestar depoimento na sede do DHPP. Em dezembro ele foi indiciado por feminicídio e fraude processual na morte da esposa.
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No dia 19 de janeiro, ele foi denunciado pelo promotor Regis Marinho por feminicídio triplamente qualificado, com os delitos de fraude processual, e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Atualmente ele está solto, com o cumprimento de medidas cautelares.
