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Aguapés criam tapete verde na lagoa do Parque Ambiental do Mocambinho; limpeza será intensificada

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Por Bianca Vasconcelos (*) com informações de Gorete Santos

A lagoa do Parque Ambiental Matias Matos, localizada no bairro Mocambinho, zona norte de Teresina, está coberta de aguapés, plantas que podem comprometer o ecossistema local. Quem frequenta o parque consegue avistar de longe o tapete verde, que está assim há alguns meses.

O ambientalista Dionísio Carvalho afirma que animais como jacarés já foram avistados procurando um local para respirar.

“A lagoa do Mocambinho enfrenta esse desafio da poluição. A gente tem acompanhado há alguns meses o aumento significativo da quantidade de aguapés, o que indica que está matando a fauna local. As pessoas caminham e praticam atividades físicas por ali, por ser um ponto turístico e de lazer, e isso desanima a população. O que deve ser feito é o controle dessas plantas para ter apenas uma quantidade adequada. A gente vê peixes mortos, e isso é grave,” disse Dionísio.

 

A superintendente executiva da SAAD Norte, Patrícia Santos, afirma que, além de aumentar as equipes para ajudar na retirada dos aguapés, também notificará a empresa para formalizar um plano de trabalho mais efetivo.

“A prefeitura já tomou providências. Desde setembro, iniciamos as limpezas de modo geral, principalmente dos córregos, no caso desta lagoa. Esta lagoa, em específico, possui água mais parada, pois é uma bacia de contenção e recebe muito esgoto doméstico. A empresa Águas de Teresina está fazendo o saneamento desta região, mas a água ainda é muito contaminada. O que faremos agora é aumentar as equipes para tentarmos realizar o trabalho mais rapidamente. Também notificarei a empresa para discutirmos um plano de trabalho mais efetivo,” informou Patrícia.

A superintendente esclarece que o trabalho é realizado manualmente, pois não é possível utilizar máquinas na lagoa. Para isso, seria necessário realizar uma demolição no local, o que geraria maiores custos.

Foto: Gorete Santos

“Estamos realizando esse trabalho pelo lado onde fica a estação de bombeamento, porque quando o nível dessa lagoa enche muito, a gente acaba tendo que bombear para o rio. A retirada também é feita próximo à estação de bombeamento para podermos proteger a própria estação em si e não termos um maior dano. O trabalho é manual, pois não conseguimos acesso por todos os lados. Não podemos utilizar máquinas, pois seria necessário fazer uma demolição, o que geraria gastos maiores. Estamos intensificando o trabalho pelo lado oposto,” completou.

Patrícia aguarda a chegada das chuvas na capital, pois, segundo ela, isso ajudaria a empurrar os aguapés para as bombas que fazem a sucção, auxiliando na retirada manual realizada pelas equipes.

 

(*) Estagiária sob supervisão

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