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Em coletiva, polícia afirma que Itallo Bruno fez delação premiada e que não tem relação com facção criminosa

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Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Por Caroline Oliveira e Adriana Magalhães

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (23), os delegados da Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI) confirmaram que o influencer Itallo Bruno fez colaboração premiada (delação premiada) e que ele não tinha participação com facção criminosa.

“Os ilícitos de jogos de azar, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com o reconhecimento por parte do investigado de lavagem de dinheiro existiram. O que nós comprovamos foi a ausência de participação em facção criminosa. É verdadeira a empresa ilícita, irregular, mas o vínculo tanto do principal investigado e quanto da sua família não existe. O que existiu uma transação pontual de um membro, mas relativo a compra e venda de veículo”, explicou o delegado Humberto Mácola. 

A colaboração premiada foi homologada pela Justiça, onde as partes cedem algo para o bem comum. No caso de Itallo Bruno, ele foi solto, terá suas redes sociais de volta e não haverá ação penal. Para a polícia, o influencer prometeu regularizar suas rifas e renunciou ao seu patrimônio em favor do estado que será destinado a ações beneficentes. Ele também apresentou nomes de jogos de azar.

“Ele abriu mão dos bens e são bens (cerca de R$ 5 milhões) que foram adquiridos de forma ilícita e os valores serão revertidos para Secretaria de Segurança Pública, ações sociais que serão leiloados”, destacou Mácola.

De acordo com advogado de Itallo Bruno, Lucas Villa, as senhas dos aplicativos utilizados nas rifas foram fornecidos à polícia, que viu que todo o seu patrimônio era fruto dessa contravenção penal do jogo de azar, e não com ligação a facção criminosa.

 "Todo o dinheiro vem disso. A ligação com um membro de facção foi a negociação de um carro, feito por um terceiro, um negócio sem que o Itallo soubesse que a pessoa era de facção. Ele está tentando dar a volta por cima, é uma pessoa jovem, que começou do zero, mas de forma muito amadora. Agora ele vai explorar as atividades, mas dentro da lei. Foram dois anos de forma amadora e conquistou muito, mas agora será com assessoria adequada e dentro da legalidade”, afirmou Lucas Villa.

No total, cinco pessoas fizeram o acordo com a Polícia Civil. São eles: Itallo Bruno, seu pai, sua mãe, sua irmã e o amigo Vinícius. Todos representados pelo o advogado Lucas Villa. 

Os termos do acordo de delação premiada entre o grupo liderado pelo influenciador e a Polícia Civil do Piauí são sigilosos. Os delegados responsáveis pelo caso e a defesa do grupo não revelaram o teor das informações reveladas pelo influenciador. 

"As informações vão embasar novas investigações. É um material farto e rico, que vai fazer com que a Polícia Civil possa atuar mais e mais rápido", disse o delegado Humberto Mácola. 

Foto: Reprodução redes sociais

Sobre os riscos assumidos pelo grupo ao colaborar com a polícia, Humberto Mácola garantiu que a Polícia Civil está à disposição deles para agir sempre que eles sentirem "ameaçados".

Os outros seis presos na Operação Jogo Sujo não assinaram termo de colaboração premiada com a Polícia Civil e sendo investigados. 

Letícia Evellyn dos Santos Carneiro, 19 anos, ex-namorada de Itallo Bruno que foi presa durante a investigação já foi solta pela polícia, mas outros investigados seguem presos. 

"Eles não assinaram acordo de colaboração premiada e serão indicados pelos crimes a eles imputados. Alguns já foram postos em liberdade, porque apresentaram as informações solicitadas pela polícia", acrescentou o delegado Humberto Mácola.

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