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Com cinco pedidos de interdição no HUT, entidades cobram soluções do presidente da FMS

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Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com


Por Yala Sena 

Entidades de saúde estiveram reunidas no final da manhã desta terça-feira (12) e cobraram solução para a grave crise que enfrenta o HUT (Hospital de Urgência de Teresina) com falta de medicamentos e insumos. A reunião aconteceu na sede do CRM (Conselho Regional de Medicina), no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina. 

Na reunião, o promotor Eny Pontes informou que abriu hoje investigação para apurar as causas da morte de um paciente com suspeita de falta de antibiótico no HUT. As entidades deram um prazo de 60 dias para a Fundação Municipal de Saúde (FMS) resolver as demandas estruturais e que a ausência de medicamentos seja atendida imediatamente, sob risco de morte  de pacientes.

O presidente do CRM, João Araújo Moura Fé, informou que a entidade recebeu cinco pedidos de interdição no HUT devido as faltas de estruturas e medicamentos. Tanto o CRM como outras entidades deram uma trégua sobre possível interdição no hospital, já que o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Ítalo Costa esteve pessoalmente na reunião e garantiu que até o final do mês o estoque de medicamento será reposto.

Ítalo Costa informou que está trabalhando na redução de despesas, revendo e adotando regras em contratos, além de viabilizando recursos para a saúde.

“Aqui foi um somatório de esforços para encontrar soluções em tempo hábil e ter a plenitude na saúde do município”, disse.

O presidente do CRM disse que o presidente da FMS prometeu resolver os problemas apontados na reunião.

“Houve  o compromisso de estabelecer critérios de compras e reposição dos medicamentos por questões de urgência e não demos prazo para isso, queremos com urgência médica e vamos cobrar. Quanto as outras questões estruturais demos um prazo de 60 dias”, disse o presidente do CRM.   

Entidades elogiam diálogo com Ítalo Costa 

As entidades presentes na reunião elogiaram a postura do novo presidente da FMS, Ítalo Costa, de participar das audiências e abrir um diálogo com as instituições de saúde. Ítalo relatou as dificuldades estruturais e burocrática, mas garantiu avançar na questão de desabastecimento de medicamentos. 

O promotor Eny Pontes informou que do final do ano passado até agora já tentou duas interdições no HUT, devido a grave situação no hospital. 

O representante do Sindicato dos Médicos, Renato Leal, que é tesoureiro da entidade cobrou uma punição ao prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) por ele ser médico e deixar que a situação chegue a esse limite. 

Renato Leal relatou que o problema vem ao longo dos anos, chegando a pedir interdição para tentar resolver o impasse. 

“Dizer que não morreu gente, eu não diria que isso não aconteceu, porque os colegas diziam que não tinha o que fazer por falta de medicação”. 

 

 

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