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Mais de 3 milhões de famílias perderam o Bolsa Família após pente fino, afirma Osmar Júnior

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Por Breno Moreno

Mais de três milhões de famílias já foram descredenciadas do Programa Bolsa Família, foi o que revelou Osmar Júnior, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate a Fome (MDS) durante entrevista ao Jornal do Piauí nesta terça-feira (12).

“Na primeira leva, que foi em março do ano passado, retiramos 1,7 milhão de famílias que estavam irregularmente, seja pela renda ou inconsistência no cadastro com informações erradas. Seguimos fazendo esse aprimoramento e ao logo do ano ultrapassamos três milhões de famílias”, afirmou. 

Segundo o gestor, a medida faz parte de uma ação do MDS de reestruturação do Cadastro Único (CadÚnico) e cruzamento de dados, para impedir que o benefício seja pago irregularmente e assegurar que famílias de baixa renda tenham acesso ao programa de distribuição de renda.

“Todos os que tem direito, vão exercer esse direito. Também quem, eventualmente, esteja irregularmente dentro do programa, não continuarão. Portanto, é dar a quem precisa e impedir que alguém que tente burlar o programa que ele não alcance o seu objetivo”, pontuou. 

Redução da fome 

Durante a entrevista, Osmar Júnior também citou o resultado de um estudo do Instituto Fome Zero (IFZ) que mostra uma redução de 30% no índice de insegurança alimentar total no país. Para ele, os números são resultados do fortalecimento das políticas públicas desenvolvidas pelo MDS. 

“A estimativa do ano passado é que 33 milhões de brasileiros não tinham acesso à alimentação regular. Pelo levantamento feito no final do ano passado, tinha se reduzido para cerca de 20 milhões, que ainda é um número absolutamente inaceitável. Portanto, vamos continuar trabalhando”, frisou.

O levantamento do IFZ, houve diminuição de 20 milhões de pessoas que sofriam de insegurança alimentar grave e/ou moderada e uma redução de 8 milhões no número de pessoas com insegurança alimentar. Para o MDS, porém, esse ainda é um problema grave, sobretudo nas grandes cidades.

“Elas têm um continente de pessoas que, em razão das mudanças econômicas provadas principalmente a partir da pandemia, perderam a sua renda. Aquelas que viviam de rendas eventuais ou que estavam nas ruas, portanto temos um foco importante que precisa ser superado”, concluiu Osmar Júnior.

 

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