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Corpo de dono de lotérica é velado sob forte comoção; filho ferido em assalto acompanha cerimônia

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Atualizada 11h32

Por Adriana Magalhães

O velório do empresário Petrônio Gomes de Lima, assassinado com um tiro nesta quarta-feira (13), em uma Casa Lotérica, no Centro de Teresina, aconteceu em uma funerária na Avenida Miguel Rosa. O cortejo com o corpo do empresário saiu do local por volta das 10h. Ele foi sepultado em cemitério particular na zona Sudeste de Teresina.  

O filho de Petrônio, Normando Neto que é gerente da Casa Lotérica e estava presente no momento em que o pai foi baleado, acompanhou o velório. O rapaz aparece em imagens de câmera de segurança abraçando a vítima após o tiro. O filho está com um curativo na cabeça e não quis falar com a imprensa, segundo a família, ele está muito abalado com tudo o que aconteceu.

Eurimar Júnior, primo da vítima, afirmou que a família está consternada e relembrou como Petrônio era uma referência para parentes e amigos. 

"O Normando está muito abalado, muito abalado mesmo. Pessoa nenhuma quer passar pelo que ele passou, essa imagem vai ficar guardada com ele pelo resto da vida. O Petrônio sempre foi uma pessoa muito tranquila. O que ele deixou para gente foi muita saudade e muitos ensinamentos. Ele era uma pessoa muito carinhosa, tinha uma proximidade muito grande com a família, sempre procurava ajudar as pessoas. É uma perda irreparável. O sentimento é de revolta. O que podemos fazer aqui é agradecer o que ele fez por aqui , pedir que Deus nos conforte, pois o que ele fez por aqui foi bem feito" desabafa o primo da vítima.

A esposa da vítima também participa da cerimônia. Muito emocionada, ela chora ao lado do caixão onde está o corpo do marido. 

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O amigo Humberto Lopes falou sobre a supresa em saber que o amigo tinha sido violentamente morto.

"Por volta de 14h eu liguei muito para o Petrônio e ele não atendeu. Eu saí de uma audiência e ele queria que eu fosse na lotérica pegar um veiculo. Achei estanho que ele não estava atendendo. Ele é movido a trabalho, vive para o trabalho e a família, sempre alerta. Quando fui ver já foi a pior notícia", lamentou.

A tia da vítima, Eurides Nunes, disse que sua irmã, de 84 anos não teve condições de comparecer ao velório do filho. 

"Esse é o terceiro filho que a minha irmã perde. O primeiro faleceu de acidente, o segundo de Covid e agora o Petrônio foi assassinado. Ela tem 84 anos, não tem condições de vir aqui", disse a tia. 

Vilma da Silva, trabalhou por mais de 20 anos com a família de Petrônio, disse que estão todos em choque.

"Foi um choque para todo mundo, para a família toda", disse chorando.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o empresário foi atingido por um tiro no peito. Na sequência, a vítima cai no chão, o filho percebe que o pai estava machucado, se debruça sobre Petrônio e o seguro nos braços. 

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu um suspeito de envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) do empresário. De acordo com  a polícia, o suspeito usa tornozeleira eletrônica e teria sido identificado que ele estava na lotérica no momento do crime. A Polícia Civil e a Polícia Militar, no entanto, não confirmam qual seria a participação desse suspeito no crime.

Um segundo suspeito está sendo procurados pela polícia. Trata-se de Gleison Ferreira que responde a cinco processos na Justiça, com duas condenações, pelos crimes de roubo, corrupção de menores, receptação, homicídio e tráfico de drogas.

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