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Agiu com frieza e não demonstrou arrependimento, diz delegada sobre suspeito de matar ex-namorada

Por Bárbara Rodrigues e Tiago Melo

Foto: Reprodução / Redes sociais

A delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que Francisco Jefferson Mendes Vilante agiu com frieza e não demonstrou arrependimento após ser preso pelo assassinato da ex-namorada Josilane da Silva Moreira, 37 anos, e pela tentativa de assassinato do namorado dela, Luís Vitorio da Silva, de 40 anos.

O crime ocorreu na madrugada de domingo (30). A vítima estava com seu companheiro em uma residência no bairro Leonel Brizola, na zona Norte de Teresina, quando o suspeito invadiu o local e atacou os dois. Ela recebeu 17 facadas e morreu no local. O namorado de Josilane ficou ferido e foi socorrido com vida.

Ontem ele se apresentou ao DHPP, mas como já havia um mandado de prisão expedido, os policiais deram cumprimento. Ele chegou a prestar depoimento e, segundo a delegada Nathália Figueiredo, não demonstrou arrependimento.

“Em momento algum, ele demonstrou com suas feições qualquer tipo de arrependimento. Durante o interrogatório, inclusive, ele falava com bastante frieza, chegou a mostrar uma certa fúria quando questionado sobre o momento que entrou na casa, que viu que ela estava acompanhada do namorado. Ele mesmo disse: ‘na hora eu fiquei cego’. Ou seja, mostrou bastante fúria, algo bem condizente com a cena do crime, uma cena que mostrava bastante crueldade, tinha muito sangue nas vítimas, que foram golpeadas várias vezes por uma faca, inclusive, pertencente à cozinha da vítima. Ele chegou a ser questionado pela advogada se ele se arrependia, de uma forma bastante fria, quase que mecânica para a gente, ele dizia que sim. Mas as feições dele demonstravam totalmente o contrário”, disse a delegada.

 

 

Ela explicou que o acusado perseguia a vítima e a suspeita é que ele talvez estivesse monitorando Josilene antes do crime acontecer.

“Segundo testemunhas, ele teria sido visto na noite anterior próximo ao local onde a vítima estava. Independentemente disso, nós tivemos informação que ele vinha perseguindo a vítima, ia ao local de trabalho, fazia ligações, mandava mensagens, ou seja, demonstrando totalmente o inconformismo dele em relação ao fim do relacionamento. Não havia registro ou medida protetiva requerida pela vítima. No entanto, tinha sim o histórico de violência física, moral, a própria violência psicológica, motivo até mesmo que fez com que a vítima colocasse fim ao relacionamento”, relatou.

Francisco Jefferson confessou o crime e relatou para a polícia como aconteceu. “Ele abertamente disse que quando chegou, a porta da frente estava fechada e isso mesmo foi constatado pela perícia e ele adentrou na casa pela porta dos fundos arrombando. No momento que ele adentrou na casa, a vítima saiu de toalha, tanto que no momento em que chegou a perícia, ela estava sem as vestes, ou seja, ele praticou o ato até surpreendendo a vítima, usando de forma leviana. A conduta dele foi, como eu disse, de extrema crueldade. E no momento em que viu que ela estava acompanhada, além de atacar a vítima, ele também atacou o atual namorado dela”, afirmou.

O namorado da vítima ainda está internado e por isso não prestou depoimento.

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