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Mortes de detentos na Casa de Custódia foi planejada e repugnante, diz delegado Francisco Baretta

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com 

Por Rebeca Lima e Tiago Melo (TV Cidade Verde)

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Baretta, informou durante entrevista ao Notícia da Manhã nesta segunda-feira (25) que a morte dos detentos Iwalks Silva Santos e Alessandro Krystian da Silva foi planejada e repugnante. O crime aconteceu no último sábado (23) na Penitenciária Professor José de Ribamar Leite, conhecida como Casa de Custódia, em Teresina e 12 internos foram autuados pelos homicídios.

“Há vestígios de que eles lavaram os corpos das vítimas porque o médico legista e os peritos constataram isso, inclusive foi coletado material genético tanto das vítimas como também deles. Eles mataram de uma forma horrível, repugnante, eles asfixiaram, deram um chamado mata-leão nos indivíduos porque está provado no laudo pericial. [As mortes foram] na cela 11 e na cela 12, um crime devidamente arquitetado, eles morreram praticamente no mesmo horário, foi um crime planejado e arquitetado, então nós não podemos permitir isso de maneira alguma”, destacou.

O delegado pontuou ainda que o motivo dos homicídios foi a presença das vítimas, que seriam de uma facção criminosa, no pavilhão ocupado por outro grupo rival.

“Os dois presos assassinados, segundo consta, eram de uma facção criminosa e estavam passeando, segundo consta, em outra facção e foi determinado pelo líder do pavilhão de que eles eram para ser mortos, ou seja, decretada a morte”, disse.

Já os 12 detentos, que teriam participado dos assassinatos, foram autuados em flagrante por homicídio qualificado e fraude processual, pois teria ocorrido uma simulação de suicídio.

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O coordenador do DHPP acrescentou também que esses internos já respondem por diversos crimes e são considerados de alta periculosidade.

“Todos eles de alta periculosidade, indivíduos que respondem por assalto à mão armada, tráfico de drogas e homicídio, elementos altamente perigosos e que não podem ficar no seio da sociedade”, ressaltou.

O inquérito do caso está a cargo do DHPP e tem dez dias para ser concluído. “Nós temos todo um arcabouço de indícios que levam a provar que esses indivíduos mataram essas duas pessoas. Nós temos dez dias para concluir [o inquérito] com outros elementos de prova, se necessário for, e já estamos designando o delegado Danúbio Dias para presidir os feitos, concluir e remeter ao poder judiciário no prazo legal”, finalizou o coordenador do DHPP, delegado Francisco Baretta. 

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