Cidadeverde.com

Defesa alega legítima defesa e diz que PM aposentado suspeito de matar homem em situação de rua tem Alzheimer

Imprimir
  • 1.jpg Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com
  • 2.jpeg Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com
  • 3.jpeg Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com
  • 4.jpeg Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com
  • 5.jpg Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com

Por Bárbara Rodrigues 

A defesa do policial militar aposentado, de 85 anos, que é suspeito de assassinar um homem em situação de rua, afirmou que ele agiu em legítima defesa e que o idoso possui a doença de Alzheimer.

Roberto Jarbas da Silva, de 53 anos, foi morto com dois tiros na manhã de segunda-feira (1) no bairro Tabuleta, na zona Sul de Teresina. Ele era pessoa em situação de rua e usuário de drogas 

O advogado Otoniel Bisneto afirmou que o soldado da PM aposentado possui Alzheimer e que não se lembra muito do que aconteceu, apenas que Roberto supostamente teria tentando roubar seu colar.

"Ele é da reserva renumerada, tem uma idade avançada, mais de 80 anos, e já padece de Alzheimer. Então a situação é muito mais complicada do que se imagina. O que se tem em mente em uma primeira apuração é que a vítima supostamente tentou avançar em um cordão de ouro ou tentou agredi-lo. Ele não consegue mais ter um vínculo com a realidade, e diante desse fato ele sacou a arma e fez os disparos, mas na tentativa de se defender. Ele não consegue desenvolver uma linha do tempo, justamente por causa dessa doença e ele sofre dessa doença há uns dois anos", afirmou.

Ele explicou que o idoso irá se apresentar, mas que isso ainda será discutido com o delegado Genival Vilela,  do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), que está responsável pelo caso.

Foto: Bárbara Rodrigues/ Cidadeverde.com

"Ele será devidamente apresentado. No momento certo, tudo como deve ser feito. Foi legítima defesa, tendo consciência que é um senhor de 85 anos, e não é um senhor que tem um corpo físico avantajado, e então ele foi se defender. A arma também será entregue", destacou.

Ao ser questionado sobre o fato do idoso estar armado, já que possui Alzheimer, ele explicou que tudo será devidamente explicado no processo.

"São questionamentos pertinentes, mas o importante no momento, é quem vai proteger o protetor? Pois o senhor Pereira trabalhou mais de 40 anos na atividade policial militar, saiu com um comportamento excepcional e se vê nesse contexto, onde se vê ameaçado de ter a casa invadida, então quem vai protegê-lo agora?", questionou Otoniel Bisneto.

O caso segue sendo investigado pelo DHPP. Para a elucidação do crime, imagens de câmeras de segurança devem ser essenciais. Roberto Jarbas foi morto em frente a um depósito que fica ao lado da casa do PM aposentado. Em frente ao local onde ocorreu o crime haviam duas câmeras de segurança. A defesa informou que ainda não teve acesso as imagens, que serão importantes para elucidar a dinâmica do assassinato.

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais