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DHPP investiga se empresário foi morto após transferência R$ 90 mil para sócias de prostíbulo

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Foto: Reprodução/ Internet

Por Bárbara Rodrigues

Um dos pontos de investigação que Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realiza no caso do empresário Antônio Francisco do Santos Sousa, de 50 anos, que foi encontrado morto sem roupas e com várias perfurações pelo corpo, são as transferências bancárias que ele supostamente teria realizado no dia do crime para as contas das duas mulheres que foram presas na manhã dessa quarta-feira (24). A suspeita é que os valores podem chegar a R$ 90 mil. 

As mulheres foram presas durante cumprimento de mandados de prisão em um prostíbulo,onde são sócias, localizado no bairro Vila Maria, na zona Leste de Teresina. De acordo com a polícia, um dos locais que Antônio Francisco do Santos passou antes de ser assassinado foi esse prostíbulo. 

O Cidadeverde.com apurou que um dos motivos da prisão seriam transferências bancárias realizadas da conta da vítima para a suspeitas, que poderiam chegar a R$ 90 mil, e ocorreram no dia do desaparecimento de Antônio Francisco.

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Foto: Barbara Rodrigues/ Cidadeverde.com

Questionado sobre o assunto, o delegado Divanilson Sena, que é o responsável pelo inquérito no DHPP, afirmou que no momento não poderá passar muitas informações para não atrapalhar a investigação, mas admitiu que apura se o crime ocorreu devido a essas transferências.

“A gente vai esperar os dados bancários chegarem para a gente falar com certeza as quantias que foram feitas nessas transferências. A gente trata a questão que tiveram algumas transferências da conta da vítima, então a gente tem essa linha que ele poderia ter sido morto por causa dessas transferências, mas nada está descartado. A gente tem outras linhas de investigação, elas prestaram a oitiva aqui no DHPP e a partir daí a gente vai trabalhar nessas linhas de investigação”, afirmou.

Ele disse que foi a família da vítima que estranhou os altos valores das transferências ocorridas no dia que ele desapareceu, mas que aguarda a chegada de mais alguns dados que vão ajudar a elucidar o crime. O delegado preferiu não falar qual a quantia que teria sido repassada para as suspeitas.

“A gente aguarda a chegada de alguns dados bancários, a extração também do celular, para a gente afirmar se houve essas transferências. Os familiares relatam para a gente algumas transferências suspeitas e a partir daí foi que a gente conseguiu deflagrar essa operação. Os familiares relatam alguns valores, eu não vou aqui declinar até para a questão da privacidade”, explicou.

Fotos: Tiago Melo/ TV Cidade Verde

As duas mulheres prestaram depoimento e negaram participação. A polícia não descarta a possibilidade de latrocínio.

“A gente ainda não descarta nenhuma hipótese. A gente ainda está trabalhando. Elas prestaram, como eu disse, o interrogatório aqui. Elas falaram alguns dados relevantes para a investigação. E a partir daí a gente vai trabalhar ainda mais para a gente passar para vocês cada detalhe deste crime. Elas negam qualquer envolvimento da parte delas nesse fato”, explicou.

Uma das mulheres presas assumiu ser a proprietária da arma encontrada no prostíbulo, além disso, ela é investigada em outro crime com características parecidas ao do assassinato do empresário.

“Ela responde por homicídio, tem um processo na Vara do Júri de Teresina, onde ela foi acusada de homicídio, com as mesmas características desse assassinato”, explicou.

As duas seguem presas. “A gente encontrou indício de participação das duas e, em razão disso, a gente suscitou o poder judiciário a prisão delas. Realmente, o último passo da vítima foi lá, na propriedade delas e vamos trabalhar para elucidar o crime”, finalizou Divanilson Sena.

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