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Vereadores cobram R$ 30 milhões em emendas para saúde e aprovam convocação do presidente da FMS

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Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

Por Paula Sampaio 

Os vereadores de Teresina aprovaram por unanimidade, nesta quarta-feira (08), a convocação do presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Italo Costa, para prestar esclarecimentos sobre o uso de emendas destinadas à pasta pelos parlamentares da capital. 

Segundo relatório apresentado após auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) a FMS não soube explicar a aplicação de R$ 30 milhões destinados à FMS, através de emendas parlamentares. 

Algumas das emendas foram destinadas, por exemplo, para a realização de mutirões de exames para o diagnóstico de pessoas neurodivergentes. Os vereadores com quem a reportagem conversou reclamaram que as ações, no entanto, nunca aconteceram. 

Seguindo protocolo da Câmara, a audiência com Italo Costa acontecerá em 15 dias. 

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o presidente da Câmara, Enzo Samuel (PDT), disse que o Legislativo Municipal tem enfrentado dificuldades de diálogo com a Prefeitura de Teresina. Ele também pontuou analisar a contratação de uma equipe para fazer uma nova análise nas contas da FMS. 

“Esse é só um primeiro passo para um esclarecimento. Nós temos uma auditoria do TCE que é bastante minunciosa que nós vamos detalhar e, se necessário for, a gente também vai fazer uma contratação de profissionais especializado para forma mais minuciosa analisar a parte financeira da fundação municipal de saúde, todos os contratos, a câmara vai fazer isso, mas tem que acabar, esse descaso pela saúde interesina tem que acabar”, declarou.

O líder do prefeito Luís André disse que Italo Costa estará à disposição para responder os vereadores, mas, defendeu que ele só está há quatro meses na posição, e portanto, não pode ser responsabilizado por questões que se acumularam ao longo de várias gestões anteriores. 

Foto: Arquivo/ Cidadeverde.com

Ele também questionou a responsabilidade do governo estadual na questão da saúde, apontando que o problema é complexo e não pode ser atribuído apenas à prefeitura.

“Se o ofício chegar ele vai estar aqui prestando esclarecimento e lembrando que ele está há quatro meses, ele não pode ser responsabilizado por atos cometidos, não só dessa gestão, mas também da gestão. anterior também. O problema da saúde já vem de muitos anos, nós não podemos só culpar a Prefeitura de Teresina, porque às vezes o HUT vem pacientes de outros estados, como Pará, Maranhão, e por que o governo do Estado não ajuda?”, questionou.

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